A dissertação revisita o princípio da fraternidade, apresentando-se as suas dimensões socioeconômicas, políticas e psicanalíticas diante do contexto de crise do Estado Democrático de Direito. Constata-se que a falta deste elemento como ponto de equilíbrio para a liberdade e a igualdade gera a...

A dissertação revisita o princípio da fraternidade, apresentando-se as suas dimensões socioeconômicas, políticas e psicanalíticas diante do contexto de crise do Estado Democrático de Direito. Constata-se que a falta deste elemento como ponto de equilíbrio para a liberdade e a igualdade gera a sensação de que a democracia não é possível. Ademais, o próprio conceito de povo é modificado para a ideia de multidão de indivíduos. Para o entendimento das dimensões da fraternidade, divide-se o trabalho em três capítulos: o primeiro destaca o princípio da fraternidade, através de observações em torno de um conceito contraditório: fraternidade como ódio, passando-se pelo debate acerca da crise da democracia em seus elementos. Parte-se, em seguida, através de pesquisa quantitativa, à análise das dimensões sociais, econômicas e políticas da fraternidade, destacando-se que as grandes diferenças sociais têm impedido o desenvolvimento humano, exatamente porque se verifica a falta de referência no próximo e o sentimento de cooperação entre os sujeitos. Por fim, sob ótica psicanalítica, conceitua-se o princípio da fraternidade como alteridade. Estabelece-se ponte interdisciplinar entre Direito e Psicanálise, através da releitura do Mito de Narciso. Deste, é extraída a teoria do estádio dos espelhos de Lacan para se explicar o fenômeno do sintoma narcísico que hoje predomina nas relações humanas, em outras palavras, indiferença humana generalizada, esquecimento da fraternidade.
Palavras-chave: Democracia. Fraternidade. Dimensões. Esquecimento. Psicanálise.

The paper revisits the principle of fraternity, presenting its dimensions socioeconomic, political and psychoanalytic before the crisis context of the democratic rule of law. It appears that the lack of this element as the equilibrium point for freedom and equality generates the feeling that...

The paper revisits the principle of fraternity, presenting its dimensions socioeconomic, political and psychoanalytic before the crisis context of the democratic rule of law. It appears that the lack of this element as the equilibrium point for freedom and equality generates the feeling that democracy is not possible. Moreover, the very concept of people is changed to the idea of a multitude of individuals. To understand the dimensions of the fraternity, the work is divided into three chapters: the first highlights the principle of fraternity, through observations around a contradictory concept: fraternity as hatred, moving the debate about the crisis of democracy in its entirety. Breaks, then through quantitative research, the analysis of social, economic and political fraternity, highlighting the large social differences have hampered human development, precisely because there is a lack of sense and reference in the next cooperation among individuals. Finally, in psychoanalytic perspective, considers the principle of fraternity as otherness. It establishes an interdisciplinary bridge between law and psychoanalysis, through the reading of the myth of Narcissus. This is extracted from the theory of Lacan mirror stage to explain the phenomenon of narcissistic symptoms that now prevails in human relations, in other words, widespread human indifference, forgetfulness of brotherhood.
Keywords: Democracy. Fraternity. Dimensions. Forgetfulness. Psychoanalysis.

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