Lançamento tributário: impactos do procedimento administrativo, como linguagem, na constituição do crédito tributário [Digital]
Tese
Português
34:336.2
Fortaleza, 2024.
383f.
O contribuinte não é um mero pagador de tributos, é um cidadão, que merece tratamento respeitoso. O Estado tem que garantir, na eventualidade da violação dos direitos do contribuinte, a possibilidade dele insurgir-se contra exigências que entender ilegais, em clara exteriorização do exercício da...
Ver mais
O contribuinte não é um mero pagador de tributos, é um cidadão, que merece tratamento respeitoso. O Estado tem que garantir, na eventualidade da violação dos direitos do contribuinte, a possibilidade dele insurgir-se contra exigências que entender ilegais, em clara exteriorização do exercício da cidadania e que resulta em uma maior legitimidade dos atos administrativos uma vez que se permite ao cidadão-contribuinte participar ativamente do procedimento administrativo. Um dos principais atos administrativos praticados pela Administração Tributária, o lançamento tributário, precisa ser controlado, necessita ser cotejado com as normas tributárias a fim de atestar a sua justa e legal aplicação, o que torna o procedimento administrativo tributário um instrumento de efetivação da justiça tributária e de garantia dos direitos fundamentais do contribuinte. Formalizado o crédito tributário pelo lançamento, é imprescindível que a autoridade tributária notifique regularmente o sujeito passivo para que o lançamento tributário se aperfeiçoe e, o mais importante, para que ele possa resistir à pretensão fiscal, exercendo seu direito de defesa para afastar a exigência fiscal que irá impactar seu patrimônio. Ao se defender, o contribuinte pretende afastar a exigência tributária e, por isso, clama que os julgadores administrativos apreciem seu requerimento e lhes dê provimento. Entretanto, não é incomum se deparar com decisões que ajustam ou agregam outros elementos ao lançamento tributário originariamente realizado. A pesquisa, assim, busca demonstrar se os julgadores administrativos tributários podem ou não alterar o lançamento tributário original, modificando seus fundamentos para manter hígido o lançamento total ou parcialmente, mesmo a despeito do lançamento ser imutável por ocasião da notificação ao sujeito passivo e, também, pelo fato de que somente pode lançar quem ocupa e exerce o cargo de Auditor Fiscal de Tributos. Para tanto é necessário identificar os limites da revisão ou modificação do lançamento tributário, abordando figuras como o erro de direito e a mudança do critério jurídico, que funcionam como direitos dos contribuintes, avaliar se o princípio da verdade material permitiria a alteração dos fundamentos apontados no lançamento tributário original, verificar se a modificação do lançamento tributário mesmo com a ciência do contribuinte para uma possível complementação da defesa implicaria na violação de seus direitos fundamentais, como, por exemplo, o reformatio in pejus.
Palavras-chave: Procedimento administrativo tributário. Lançamento tributário. Alteração. Verdade material. Decisão administrativa. Ver menos
Palavras-chave: Procedimento administrativo tributário. Lançamento tributário. Alteração. Verdade material. Decisão administrativa. Ver menos
The taxpayer is not a mere payer of taxes, he is a citizen, who deserves respectful treatment. The State has to guarantee, in the event of violation of the taxpayer's rights, the possibility for him to protest against demands that he deems illegal, in a clear externalization of the exercise of...
Ver mais
The taxpayer is not a mere payer of taxes, he is a citizen, who deserves respectful treatment. The State has to guarantee, in the event of violation of the taxpayer's rights, the possibility for him to protest against demands that he deems illegal, in a clear externalization of the exercise of citizenship and which results in greater legitimacy of administrative acts since it allows the citizen-taxpayer actively participate in the administrative procedure. One of the main administrative acts practiced by the Tax Administration, the tax assessment, needs to be controlled, it needs to be compared with the tax rules in order to attest to its fair and legal application, which makes the tax administrative procedure an instrument of effective tax justice and the guarantee of the taxpayer's fundamental rights. Once the tax credit has been formalized by the assessment, it is imperative that the tax authority regularly notify the taxable person so that the tax assessment is perfected and, most importantly, so that he can resist the tax claim, exercising his right of defense to remove the tax requirement that will impact your equity. By defending himself, the taxpayer intends to remove the tax requirement and, therefore, calls for the administrative judges to consider his request and grant them. However, it is not uncommon to come across decisions that adjust or add other elements to the tax assessment originally carried out. The research, therefore, seeks to demonstrate whether or not the tax administrative judges can change the original tax assessment, modifying its foundations to keep the assessment totally or partially healthy, even despite the assessment being immutable at the time of notification to the taxable person and, also , due to the fact that only those who hold and exercise the position of Tax Auditor can enter. Therefore, it is necessary to identify the limits of the revision or modification of the tax assessment, approaching figures such as the error of law and the change in the legal criterion, which function as taxpayers' rights, to assess whether the principle of material truth would allow the alteration of the foundations indicated in the original tax assessment, verify whether the modification of the tax assessment even with the taxpayer's awareness of a possible complementation of the defense would imply the violation of their fundamental rights, such as, for example, reformatio in pejus.
Keywords: Tax administrative procedure. Tax release. Amendment. Material truth. Administrative decision. Ver menos
Keywords: Tax administrative procedure. Tax release. Amendment. Material truth. Administrative decision. Ver menos
El contribuyente no es un mero contribuyente, es un ciudadano, que merece un trato respetuoso. El Estado tiene que garantizar, en caso de vulneración de los derechos del contribuyente, la posibilidad de que éste proteste contra demandas que estime ilegales, en una clara exteriorización del ejercicio...
Ver mais
El contribuyente no es un mero contribuyente, es un ciudadano, que merece un trato respetuoso. El Estado tiene que garantizar, en caso de vulneración de los derechos del contribuyente, la posibilidad de que éste proteste contra demandas que estime ilegales, en una clara exteriorización del ejercicio de la ciudadanía y que redunda en una mayor legitimidad de los actos administrativos al permitir el ciudadano-contribuyente participe activamente en el procedimiento administrativo. Uno de los principales actos administrativos practicados por la Administración Tributaria, la liquidación tributaria, requiere ser controlado, necesita ser contrastado con las normas tributarias para dar fe de su justa y legal aplicación, lo que hace del procedimiento administrativo tributario un instrumento de la justicia tributaria efectiva y la garantía de los derechos fundamentales del contribuyente. Una vez formalizado el crédito fiscal por la liquidación, es imperativo que la autoridad fiscal notifique periódicamente al sujeto pasivo para que se perfeccione la liquidación del impuesto y, lo que es más importante, para que pueda oponerse a la pretensión fiscal, ejerciendo su derecho de defensa a elimine el requisito fiscal que afectará su patrimonio. Al defenderse, el contribuyente pretende quitarle el requerimiento tributario y, por ello, llama a los jueces administrativos a considerar su solicitud y concederlas. Sin embargo, no es raro encontrarse con decisiones que ajustan o añaden otros elementos a la determinación del impuesto originalmente realizada. La investigación, por lo tanto, busca demostrar si los jueces administrativos tributarios pueden o no cambiar la liquidación tributaria original, modificando sus fundamentos para mantener la liquidación total o parcialmente sana, aun cuando la liquidación sea inmutable al momento de la notificación al sujeto pasivo y , también, por el hecho de que sólo pueden ingresar quienes ostenten y ejerzan el cargo de Revisor Fiscal. Por tanto, es necesario identificar los límites de la revisión o modificación de la liquidación tributaria, abordando figuras como el error de derecho y el cambio de criterio legal, que funcionan como derechos de los contribuyentes, para evaluar si el principio de verdad material permitiría la alteración de los fundamentos señalados en la liquidación original, verificar si la modificación de la liquidación aun con conocimiento del contribuyente de una posible complementación de la defensa implicaría la vulneración de sus derechos fundamentales, como por ejemplo, la reformatio en pejus.
Palabras clave: Procedimiento administrativo tributario. Liberación de impuestos. Enmienda. Verdad material. Decisión administrativa. Ver menos
Palabras clave: Procedimiento administrativo tributario. Liberación de impuestos. Enmienda. Verdad material. Decisión administrativa. Ver menos
Costa-Corrêa, André Luiz
Orientador
Siqueira, Natercia Sampaio
Banca examinadora
Holanda, Marcus Mauricius
Banca examinadora
Fernandes, Edison Carlos
Banca examinadora
Ramos Filho, Carlos Alberto de Moraes
Banca examinadora