Aspectos psicossociais dos profissionais de saúde no enfrentamento da pandemia do Covid-19 [Digital]
Tese
Português
616-036.21"20"Covid19
Fortaleza, 2024.
67f.
Desde a descoberta do novo coronavírus, em dezembro de 2019, na cidade de Wuhan, China, diversos foram os desafios para mitigar o impacto da doença, desde a adequação de fluxos de atendimento, até o manejo de recursos escassos diante do colapso do sistema de saúde. Em meio ao caos gerado pelo...
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Desde a descoberta do novo coronavírus, em dezembro de 2019, na cidade de Wuhan, China, diversos foram os desafios para mitigar o impacto da doença, desde a adequação de fluxos de atendimento, até o manejo de recursos escassos diante do colapso do sistema de saúde. Em meio ao caos gerado pelo desconhecido, pelo alto número de casos, pela redução dos recursos, pelas medidas de isolamento e distanciamento social impostas, pelas mudanças drásticas de rotina e pelo aumento da carga de trabalho, os danos sobre a saúde mental estiveram presentes desde o início da pandemia e podem perdurar até anos após seu fim. Baseado nas atuais circunstâncias, o objetivo deste trabalho foi explorar os aspectos psicossociais que acometem os profissionais
de saúde e as razões pelas quais se intensificam durante a pandemia de COVID -19 como também avaliar no momento posterior já com o encerramento da pandemia definido pelas instituições médicas. O estudo é uma Pesquisa Qualitativa. Por ser uma questão muito particular, que não acha resposta nas várias métricas da pesquisa quantitativa, na qual as interações humanas são imprevisíveis, e a qualitativa acha bem o seu lugar nesse contexto intelectual tão sofrido. Realizado através de entrevistas individuais com os profissionais de saúde: Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas que puderam manifestar seus pensamentos acerca do momento e após a sua resolução. Foram entrevistados 16 profissionais, quatro em cada categoria em um hospital terciário do SUS, chamado Dr. Carlos Alberto Studart em Fortaleza -CE. Verificamos que o evento inicialmente desconhecido levou aos profissionais de saúde várias alterações no seu dia a dia e trouxe muitos temores a cada um. Aumento na carga de trabalho, medo de contaminar familiares, pressão social, sentimentos, saúde mental, superação do desconhecido e segurança na assistência, distúrbios do sono, alimentação inadequada, medo de contaminação, desconhecimento sobre o tratamento, alteração na dinâmica familiar e síndrome de Burnout foram frequentes e mal gerenciados pelos profissionais e pelas instituições. Dados pós pandemia demonstraram que os profissionais superaram as adversidades, adquiriram mais confiança com o acesso às vacinas, mantiveram medidas de proteção, mas preocupados com a continuidade das ações preventivas pelos profissionais de saúde. Conclui-se que vários danos foram causados pela pandemia nos profissionais, tendo em vista o medo de transmissão na família e a perda de pessoas próximas. Foram direcionadas várias ações de controle e de prevenção para evitar a disseminação da doença. Espera-se que as instituições médicas possam agir de forma preventiva, aliviando os transtornos e toda uma gama de situações prejudiciais a esses profissionais durante uma epidemia ou eventos semelhantes.
Palavras-chave: Coronavírus (COVID 19). Pandemia. Efeitos Psicossociais da Doença. Saúde mental. Profissionais de saúde. Ver menos
de saúde e as razões pelas quais se intensificam durante a pandemia de COVID -19 como também avaliar no momento posterior já com o encerramento da pandemia definido pelas instituições médicas. O estudo é uma Pesquisa Qualitativa. Por ser uma questão muito particular, que não acha resposta nas várias métricas da pesquisa quantitativa, na qual as interações humanas são imprevisíveis, e a qualitativa acha bem o seu lugar nesse contexto intelectual tão sofrido. Realizado através de entrevistas individuais com os profissionais de saúde: Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas que puderam manifestar seus pensamentos acerca do momento e após a sua resolução. Foram entrevistados 16 profissionais, quatro em cada categoria em um hospital terciário do SUS, chamado Dr. Carlos Alberto Studart em Fortaleza -CE. Verificamos que o evento inicialmente desconhecido levou aos profissionais de saúde várias alterações no seu dia a dia e trouxe muitos temores a cada um. Aumento na carga de trabalho, medo de contaminar familiares, pressão social, sentimentos, saúde mental, superação do desconhecido e segurança na assistência, distúrbios do sono, alimentação inadequada, medo de contaminação, desconhecimento sobre o tratamento, alteração na dinâmica familiar e síndrome de Burnout foram frequentes e mal gerenciados pelos profissionais e pelas instituições. Dados pós pandemia demonstraram que os profissionais superaram as adversidades, adquiriram mais confiança com o acesso às vacinas, mantiveram medidas de proteção, mas preocupados com a continuidade das ações preventivas pelos profissionais de saúde. Conclui-se que vários danos foram causados pela pandemia nos profissionais, tendo em vista o medo de transmissão na família e a perda de pessoas próximas. Foram direcionadas várias ações de controle e de prevenção para evitar a disseminação da doença. Espera-se que as instituições médicas possam agir de forma preventiva, aliviando os transtornos e toda uma gama de situações prejudiciais a esses profissionais durante uma epidemia ou eventos semelhantes.
Palavras-chave: Coronavírus (COVID 19). Pandemia. Efeitos Psicossociais da Doença. Saúde mental. Profissionais de saúde. Ver menos
Since the discovery of the new coronavirus in December 2019 in the city of Wuhan, China, there have been many challenges to mitigate the impact of the disease, from adapting healthcare workflows to managing scarce resources in the face of the collapse of the healthcare system. In the midst of the...
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Since the discovery of the new coronavirus in December 2019 in the city of Wuhan, China, there have been many challenges to mitigate the impact of the disease, from adapting healthcare workflows to managing scarce resources in the face of the collapse of the healthcare system. In the midst of the chaos generated by the unknown, the high number of cases, the reduction in resources, the isolation and social distancing measures imposed, the drastic changes in routine and the increase in workload, the damage to mental health has been present since the beginning of the pandemic and may continue for years after its end.Based on the current circumstances, the aim of this study was to explore the psychosocial aspects that affect health professionals and the reasons why they intensify during the COVID-19 pandemic, as well as to re-evaluate all conditions in the aftermath of the closure of the pandemic as defined by medical institutions. The study is a qualitative. Because it is a very peculiar question, which does in no way fit into the various metrics of quantitative research, where human interactions are unpredictable, qualitative research is well suited to this difficult intellectual context. Conducted through individual interviews with health professionals: doctors, nurses, nursing technicians and physiotherapists, they were able to express their thoughts on the moment and after the resolution. Sixteen professionals were interviewed, four in each category, at a tertiary SUS hospital called Dr. Carlos Alberto Studart in Fortaleza -CE. We found that the initially unknown event led health professionals to make a number of changes in their daily routine and brought many fears to each of them. Increased workload, fear of contaminating family members, social pressure, feelings, mental health, overcoming the unknown and safety in care, sleep disorders, inadequate nutrition, fear of being contaminated, lack of knowledge about treatment, changes in family dynamics and burnout syndrome were frequent and poorly managed by professionals
and institutions. Post-pandemic data showed that professionals overcame adversity, gained more confidence with access to vaccines, maintained protective measures, but were concerned about the continuity of preventive actions by health professionals.The conclusion is that the pandemic has caused a great deal of damage to professionals, given the fear of transmission to their families and the loss of close people. Various control and prevention actions have been taken to prevent the spread of the disease. It is hoped that medical institutions will be able to act in a preventive manner, alleviating the inconvenience and a whole range of harmful situations for these professionals during an epidemic or similar events.
Keywords: Coronavirus (COVID 19). Pandemic. Psychosocial Effects of Disease. Mental health. Health professionals. Ver menos
and institutions. Post-pandemic data showed that professionals overcame adversity, gained more confidence with access to vaccines, maintained protective measures, but were concerned about the continuity of preventive actions by health professionals.The conclusion is that the pandemic has caused a great deal of damage to professionals, given the fear of transmission to their families and the loss of close people. Various control and prevention actions have been taken to prevent the spread of the disease. It is hoped that medical institutions will be able to act in a preventive manner, alleviating the inconvenience and a whole range of harmful situations for these professionals during an epidemic or similar events.
Keywords: Coronavirus (COVID 19). Pandemic. Psychosocial Effects of Disease. Mental health. Health professionals. Ver menos
Silva, Raimunda Magalhães da
Orientador
Queiroz, Rafaela Elizabeth Bayas
Banca examinadora
Baixinho, Cristina Rosa Soares Lavareda
Banca examinadora
Garcia Filho, Carlos
Banca examinadora
Silva, Carlos Antônio Bruno da
Banca examinadora
Carioca, Antonio Augusto Ferreira
Banca examinadora
Vieira, Luiza Jane Eyre de Souza
Banca examinadora