Introdução: A simulação em Cirurgia Endovascular é uma metodologia de reconhecida importância para alcançar resultados benéficos nessa especialidade de exigente curva de aprendizado e contínua transformação. Apesar de um número limitado de relatos, dispositivos de baixo custo que incorporam...

Introdução: A simulação em Cirurgia Endovascular é uma metodologia de reconhecida importância para alcançar resultados benéficos nessa especialidade de exigente curva de aprendizado e contínua transformação. Apesar de um número limitado de relatos, dispositivos de baixo custo que incorporam tecnologias de impressão tridimensional são alternativas promissoras para treinamento básico. Este estudo objetivou o desenvolvimento e validação de um simulador para treinamento de habilidades endovasculares iniciais composto por um modelo vascular tridimensionalmente impresso e um sistema assistido por câmera para captura e projeção de imagens. Métodos: Quinze estudantes de graduação em medicina e cinco cirurgiões vasculares com pelo menos três anos de experiência em procedimentos endovasculares foram recrutados voluntariamente para executar cinco exercícios simulados. Os estudantes foram brevemente instruídos sobre as atividades, instrumentos e materiais, realizando logo a seguir a primeira sessão de
exercícios. Antes de iniciar a segunda sessão, praticaram livremente as atividades pelo período de trinta minutos. Os cirurgiões vasculares foram apresentados ao simulador e seguiram para a realização das duas sessões de atividades sem o período de treinamento. Os dados foram registrados por dois avaliadores enquanto um terceiro realizou a manipulação do sistema de câmera quando solicitado pelo participante que estava manipulando o simulador. Questionários foram aplicados antes e depois do
protocolo de teste para dados sociodemográficos, realismo e grau de utilidade. Os tempos de procedimento foram registrados para comparação. Os dados foram examinados por análise estatística, e p < 0,05 foi considerado significativo. Resultados: No grupo iniciante, houve uma diminuição significativa no tempo necessário para completar todos os cinco exercícios na sessão 2 (p < 0,001), o que não foi visto no grupo dos cirurgiões vasculares para maioria dos exercícios na sessão 2 (p > 0,05), com exceção do exercício 3. O grupo iniciante apresentou melhora estatisticamente significativa no tempo de conclusão das tarefas para todos os exercícios (p < 0,05). O desempenho foi diferente entre os grupos de novatos e especialistas (validade de conteúdo). Os cirurgiões vasculares deram excelentes notas de realismo e utilidade deste dispositivo (face e validade de construção). Conclusão: O desenvolvimento de um simulador assistido por câmera para treinamento de habilidades endovasculares básicas é viável e benéfico. Este estudo demonstra a validade de face, conteúdo e construto deste dispositivo que não requer radiação para seu funcionamento.

Palavras-chave: simulação; cirurgia endovascular; educação médica; validação, simulação de baixa fidelidade

Introduction: Simulation in endovascular surgery is a methodology of recognized importance to achieve beneficial results in this specialty with a demanding learning curve and continuous transformation. Despite a limited number of reports, low-cost devices incorporating 3D printing technologies are...

Introduction: Simulation in endovascular surgery is a methodology of recognized importance to achieve beneficial results in this specialty with a demanding learning curve and continuous transformation. Despite a limited number of reports, low-cost devices incorporating 3D printing technologies are promising alternatives for basic training. This study aimed at the development and validation of a simulator for training initial endovascular skills composed of a printed three-dimensional vascular model and a camera-assisted system for capturing and projecting images. Methods: Fifteen undergraduate medical students and five vascular surgeons with at least three years of experience in endovascular procedures were voluntarily recruited to perform five simulated exercises. The students were briefly instructed about the activities, instruments, and materials, performing the first session of exercises right after. Before starting the second session, they freely practiced the activities for a period of thirty minutes. Vascular surgeons were introduced to the simulator and proceeded to carry out the two activity sessions without the training period. Data were recorded by two evaluators while a third manipulated the camera system when requested by the participant who was manipulating the simulator. Questionnaires were applied for sociodemographic data, level of realism, and educational usefulness. Procedure times were measured for comparison. Data were examined by statistical analysis, and p < 0.05 was considered significant. Results: In the novice group, there was a significant decrease in the time required to complete all five exercises in session 2 (p < 0.001), which was not seen in the vascular group for most exercises in session 2 (p > 0.05), except for exercise 3. The novice group showed a statistically significant improvement in task completion time for all exercises (p < 0.05). Performance was different between novice and expert groups (content validity). Vascular surgeons gave this device excellent marks for realism and usefulness (face and construct validity). Conclusion: The development of a camera-assisted simulator for training basic endovascular skills is feasible and beneficial. This study demonstrates face, content and construct validity of this device that does not require radiation for its operation.

Keywords: simulation; endovascular surgery; medical education; validation, lowfidelity simulation