A palma forrageira (Nopalea cochenillifera (L.) Salm-Dyck) é originada do México, mas muito bem adaptada ao Brasil, principalmente à região do Nordeste brasileiro. É bastante utilizada pela população do semi-árido nordestino, e alguns estudos tem demonstrado importantes atividades biológicas desta...

A palma forrageira (Nopalea cochenillifera (L.) Salm-Dyck) é originada do México, mas muito bem adaptada ao Brasil, principalmente à região do Nordeste brasileiro. É bastante utilizada pela população do semi-árido nordestino, e alguns estudos tem demonstrado importantes atividades biológicas desta espécie, como é o caso da ação gastroprotetora. Neste contexto, temos a úlcera péptica como a principal doença do século 21, causada sobretudo por alterações dos hábitos de vida e alimentares. Este estudo objetivou avaliar a atividade gastroprotetora da mucilagem da palma em modelo de lesão gástrica induzida por etanol em animais. Realizou-se pesquisa experimental com 54 camundongos Swiss fêmeas (± 25 g), sendo 10 grupos (n = 4 e n = 6), na qual a lesão gástrica foi induzida pela administração de etanol 96% (0,2 mL, v. o.). Em 6 grupos, os animais foram pré-tratados com uma blenda contendo mucilagem de palma (0,75, 1,0 e 1,5 mg/g; v. o.), omeprazol (100 mg / kg; v. o.), ou veículo (0,9% de NaCl, 10 mL / kg; v. o.), 30 minutos ou 1 hora antes da administração do agente agressor. Os animais dos outros 3 grupos, receberam o pós-tratamento com a blenda contendo mucilagem de palma (0,75, 1,0 e 1,5 mg/g; v. o.), 30 minutos após a administração do agente agressor. Decorridos 30 minutos da indução, os camundongos foram sacrificados, os estômagos retirados e abertos pela grande curvatura. Em seguida, as áreas total e lesionada foram determinadas pela planimetria computadorizada em mm² e pela análise histológica de acordo com critérios estabelecidos. A atividade gastroprotetora foi avaliada em relação à inibição da área de lesão gástrica em percentual. Foi observada resposta positiva em relação à atividade de gastroproteção da mucilagem da N. cochenillifera. Verificou-se ainda que a gastroproteção foi estatisticamente igual nas três dosagens utilizadas na blenda
de mucilagem, assim como quando foi administrada como pós-tratamento, quando
apresentou maior atividade anti-inflamatória e de cicatrização. Diante dos resultados obtidos, sugere-se que a mucilagem de N. cochenillifera tem potencial gastroprotetor na lesão induzida por etanol; podendo ser um eficaz agente terapêutico para prevenção e tratamento da úlcera péptica.
Palavras-chave: Nopalea cochenillifera; Gastroproteção; Etanol.

The cactus pear (Nopalea cochenillifera (L.) Salm-Dyck) originates from Mexico, but is very
well adapted to Brazil, mainly to the Brazilian Northeast region. It is widely used by the
population of the northeastern semi-arid region, and some studies have demonstrated
important biological...

The cactus pear (Nopalea cochenillifera (L.) Salm-Dyck) originates from Mexico, but is very
well adapted to Brazil, mainly to the Brazilian Northeast region. It is widely used by the
population of the northeastern semi-arid region, and some studies have demonstrated
important biological activities of this species, such as the gastroprotective action. In this
context, we have peptic ulcer as the main disease of the 21st century, mainly caused by
changes in lifestyle and eating habits. This study aimed to evaluate the gastroprotective activity of palm mucilage in a model of gastric injury induced by ethanol in animals. An experimental study was carried out with 54 female Swiss mice (± 25 g), with 10 groups (n = 4 e n=6), in which the gastric lesion was induced by the administration of 96% ethanol (0.2 mL, v. o.). In 6 groups, the animals were pre-treated with a blend containing palm mucilage (0.75, 1.0 and 1.5 mg/g; v. o.), omeprazole (100 mg/kg; v. o.), or vehicle (0.9% NaCl, 10 mL/ kg; v. o.), 30 minutes or 1 hour before administration of the offending agent. The animals in the other 4 groups received post-treatment with a blend containing palm mucilage (0.75, 1.0 and 1.5 mg/g; v. o.), 30 minutes after the administration of the offending agent. After 30 minutes of induction, the mice were sacrificed, their stomachs removed and opened along the greater curvature. Then, the total and injured areas were determined by computaterized planimetry in mm² and by histological analysis according to established criterio. A positive response was observed regarding the gastroprotection activity of palm mucilage. It was statistically equal in the tree dosages used in the mucilage blend, as well as when it was administered as a post-treatment, when it showed greater anti-inflamatory and healing activity. In view of the results obtained, it is suggested that the cochineal plant mucilage has the gastroprotective potential in the injury induced by ethanol; may be an effective therapeutic agent for the prevention and treatment of peptic ulcer.
Keywords: Nopalea cochenillifera; Gastroprotection; Ethanol