Uso do smartphone e fatores associados à saúde de universitários pós-distanciamento social na pandemia da COVID-19 [Digital]
Dissertação
Português
616-036.21"20"Covid19
Fortaleza, 2023.
88f.
Introdução: Estudos sugerem que o uso prolongado do smartphone causa efeitos deletérios à
saúde. Com o advento da pandemia da covid-19, diferentes atividades como estudar foram
realizadas de forma remota, deste modo acredita-se que os efeitos causados pelo dispositivo
foram potencializados.... Ver mais Introdução: Estudos sugerem que o uso prolongado do smartphone causa efeitos deletérios à
saúde. Com o advento da pandemia da covid-19, diferentes atividades como estudar foram
realizadas de forma remota, deste modo acredita-se que os efeitos causados pelo dispositivo
foram potencializados. Objetivo: Avaliar o uso do smartphone e os fatores associados à saúde
de universitários pós-distanciamento social na pandemia da COVID-19. Métodos: Trata-se de
um estudo tipo transversal e analítico, realizado entre os meses de setembro a dezembro de
2022. Participaram 358 universitários adultos (18 a 59 anos), independente do sexo, dos cursos
dos Centro de Ciências da Saúde (CCS) e Tecnologia (CCT) da Universidade de Fortaleza
(UNIFOR) e Universidade Federal do Ceará (UFC). Os critérios de inclusão foram: estar
matriculado em um dos cursos dos centros supracitados e ter participado das aulas on-line
ofertadas nos anos de 2020 e 2021. A coleta de dados ocorreu pelo preenchimento de um
instrumento elaborado no Google Forms, que agrupou os questionários: socioeconômico,
avaliação geral de saúde, estilo de vida e características de uso do smartphone; Smartphone
Addiction Inventory (SPAI-BR); Self-Report Questionnaire (SRQ-20); Questionário Nórdico
de Sintomas Musculoesqueléticos; Questionário International Physical Activity Questionnaire
(IPAQ) e Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI-BR). Os dados foram analisados pela estatística
descritiva e inferencial utilizando o SPSS Statistic versão 23.0 IBM®. Resultados: Houve
maior proporção no sexo feminino (n=206; 57,5%), média de idade de 22,7 (±4,5) anos, com
cor da pele autorreferida parda (n=168; 46,9%) e da classe social D (n=118; 33%). Em relação
ao estilo de vida, a maioria não consome bebida alcoólica (n=194; 54,2%) e não fumam (n=323;
90,2%). Em maior percentual foram classificados como ativos (n=304; 74,9%) no nível de
atividade, com média de tempo sentado semelhante na semana e final de semana de 7,1 ± 3,2
horas/dia e 7,0 ± 3,7 horas/dia, respectivamente. Verificou-se que os universitários utilizam o
smartphone em média 6,6 ±3,1 horas/dia. Entre as principais razões para uso estão: acessar
internet móvel (n=334; 93,3%), acessar WhatsApp (n=329; 91,9%), acessar as redes sociais
(n=325; 90,8%), estudar (n=286; 74,9%) e assistir aulas online (n=180; 50,3%). Identificou-se
elevada prevalência de dependência do smartphone (n=250; 69,8%), de dor/desconforto
musculoesquelético no pescoço (n=247; 69,0%), suspeita de TMC (n=193; 53,9%) e qualidade
do sono ruim (n=249; 69,6%). Constatou-se associação do tempo de uso do smartphone com
tempo sentado no final de semana (r=0,110; p=0,037), acessar as redes sociais (p=0,030),
assistir aulas online (p=0,002) e estudar (p=0,029), bem como naqueles com dependência
(p=0,001). Ainda se verificou associação com a queixa de dor/desconforto musculoesquelético
as regiões do cotovelo (p=0,007), quadril (p=0,002) e joelho (p=0,001), suspeita de TMC
(p=0,015) e com a qualidade subjetiva do sono (p=0,017). Conclusão: Verificou-se elevado
tempo de uso do smartphone entre os universitários, associado a múltiplos fatores relacionados
a saúde. Portanto, se faz necessário o seu monitoramento, bem como alerta-se para que sejam
dotadas medidas que reduzam este tempo e previnam os efeitos deletérios a saúde física e
mental, sobretudo em decorrência da pandemia da covid-19.
Palavras-chave: Universitários. Smartphone. COVID-19. Saúde física e mental. Fatores
Associados. Ver menos
saúde. Com o advento da pandemia da covid-19, diferentes atividades como estudar foram
realizadas de forma remota, deste modo acredita-se que os efeitos causados pelo dispositivo
foram potencializados.... Ver mais Introdução: Estudos sugerem que o uso prolongado do smartphone causa efeitos deletérios à
saúde. Com o advento da pandemia da covid-19, diferentes atividades como estudar foram
realizadas de forma remota, deste modo acredita-se que os efeitos causados pelo dispositivo
foram potencializados. Objetivo: Avaliar o uso do smartphone e os fatores associados à saúde
de universitários pós-distanciamento social na pandemia da COVID-19. Métodos: Trata-se de
um estudo tipo transversal e analítico, realizado entre os meses de setembro a dezembro de
2022. Participaram 358 universitários adultos (18 a 59 anos), independente do sexo, dos cursos
dos Centro de Ciências da Saúde (CCS) e Tecnologia (CCT) da Universidade de Fortaleza
(UNIFOR) e Universidade Federal do Ceará (UFC). Os critérios de inclusão foram: estar
matriculado em um dos cursos dos centros supracitados e ter participado das aulas on-line
ofertadas nos anos de 2020 e 2021. A coleta de dados ocorreu pelo preenchimento de um
instrumento elaborado no Google Forms, que agrupou os questionários: socioeconômico,
avaliação geral de saúde, estilo de vida e características de uso do smartphone; Smartphone
Addiction Inventory (SPAI-BR); Self-Report Questionnaire (SRQ-20); Questionário Nórdico
de Sintomas Musculoesqueléticos; Questionário International Physical Activity Questionnaire
(IPAQ) e Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI-BR). Os dados foram analisados pela estatística
descritiva e inferencial utilizando o SPSS Statistic versão 23.0 IBM®. Resultados: Houve
maior proporção no sexo feminino (n=206; 57,5%), média de idade de 22,7 (±4,5) anos, com
cor da pele autorreferida parda (n=168; 46,9%) e da classe social D (n=118; 33%). Em relação
ao estilo de vida, a maioria não consome bebida alcoólica (n=194; 54,2%) e não fumam (n=323;
90,2%). Em maior percentual foram classificados como ativos (n=304; 74,9%) no nível de
atividade, com média de tempo sentado semelhante na semana e final de semana de 7,1 ± 3,2
horas/dia e 7,0 ± 3,7 horas/dia, respectivamente. Verificou-se que os universitários utilizam o
smartphone em média 6,6 ±3,1 horas/dia. Entre as principais razões para uso estão: acessar
internet móvel (n=334; 93,3%), acessar WhatsApp (n=329; 91,9%), acessar as redes sociais
(n=325; 90,8%), estudar (n=286; 74,9%) e assistir aulas online (n=180; 50,3%). Identificou-se
elevada prevalência de dependência do smartphone (n=250; 69,8%), de dor/desconforto
musculoesquelético no pescoço (n=247; 69,0%), suspeita de TMC (n=193; 53,9%) e qualidade
do sono ruim (n=249; 69,6%). Constatou-se associação do tempo de uso do smartphone com
tempo sentado no final de semana (r=0,110; p=0,037), acessar as redes sociais (p=0,030),
assistir aulas online (p=0,002) e estudar (p=0,029), bem como naqueles com dependência
(p=0,001). Ainda se verificou associação com a queixa de dor/desconforto musculoesquelético
as regiões do cotovelo (p=0,007), quadril (p=0,002) e joelho (p=0,001), suspeita de TMC
(p=0,015) e com a qualidade subjetiva do sono (p=0,017). Conclusão: Verificou-se elevado
tempo de uso do smartphone entre os universitários, associado a múltiplos fatores relacionados
a saúde. Portanto, se faz necessário o seu monitoramento, bem como alerta-se para que sejam
dotadas medidas que reduzam este tempo e previnam os efeitos deletérios a saúde física e
mental, sobretudo em decorrência da pandemia da covid-19.
Palavras-chave: Universitários. Smartphone. COVID-19. Saúde física e mental. Fatores
Associados. Ver menos
Introduction: Studies suggest that prolonged smartphone use has deleterious effects on health.
With the advent of the covid-19 pandemic, different activities such as studying were carried out
remotely, thus it is believed that the effects caused by the device were potentiated. Objective:
To... Ver mais Introduction: Studies suggest that prolonged smartphone use has deleterious effects on health.
With the advent of the covid-19 pandemic, different activities such as studying were carried out
remotely, thus it is believed that the effects caused by the device were potentiated. Objective:
To evaluate smartphone use and factors associated with the health of university students after
social distancing during the COVID-19 pandemic. Methods: This is a cross-sectional and
analytical study, carried out between September and December 2022. 358 adult university
students (18 to 59 years old) participated, regardless of gender, from courses at the Health
Sciences Center (CCS) and Technology (CCT) from the University of Fortaleza (UNIFOR) and
Federal University of Ceará (UFC). The inclusion criteria were: being enrolled in one of the
courses at the aforementioned centers and having participated in the online classes offered in
the years 2020 and 2021. Data collection took place by completing an instrument prepared in
Google Forms, which grouped the questionnaires: socioeconomic, general health assessment,
lifestyle and smartphone usage characteristics; Smartphone Addiction Inventory (SPAI-BR);
Self-Report Questionnaire (SRQ-20); Nordic Musculoskeletal Symptoms Questionnaire;
International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) and Pittsburgh Sleep Quality Index
(PSQI-BR). Data were analyzed by descriptive and inferential statistics using SPSS Statistic
version 23.0 IBM®. Results: There was a higher proportion of females (n=206; 57.5%), mean
age of 22.7 (±4.5) years, with self-reported brown skin color (n=168; 46.9%) and from social
class D (n=118; 33%). Regarding lifestyle, most do not consume alcohol (n=194; 54.2%) and
do not smoke (n=323; 90.2%). A higher percentage were classified as active (n=304; 74.9%) in
terms of activity level, with a similar average sitting time on weekdays and weekends of 7.1 ±
3.2 hours/day and 7.0 ± 3.7 hours/day, respectively. It was found that university students use
smartphones on average 6.6 ± 3.1 hours/day. Among the main reasons for using it are: accessing
the mobile internet (n=334; 93.3%), accessing WhatsApp (n=329; 91.9%), accessing social
networks (n=325; 90.8%), studying (n=286; 74.9%) and attending online classes (n=180;
50.3%). There was a high prevalence of smartphone dependence (n=250; 69.8%),
musculoskeletal pain/discomfort in the neck (n=247; 69.0%), suspected CMD (n=193; 53.9% )
and poor sleep quality (n=249; 69.6%). There was an association between smartphone use time
and sitting time on the weekend (r=0.110; p=0.037), accessing social networks (p=0.030),
attending online classes (p=0.002) and studying (p= 0.029), as well as in those with dependence
(p=0.001). There was also an association with the complaint of musculoskeletal pain/discomfort
in the regions of the elbow (p=0.007), hip (p=0.002) and knee (p=0.001), suspicion of CMD
(p=0.015) and with the subjective quality of the sleep (0.017). Conclusion: There was a high
time of smartphone use among college students, associated with multiple health-related factors.
Therefore, it is necessary to monitor it, as well as to provide measures that reduce this time and
prevent the deleterious effects on physical and mental health, especially as a result of the covid19 pandemic.
Keywords: University students. Smartphone. COVID-19. Physical and mental health.
Associated Factors. Ver menos
With the advent of the covid-19 pandemic, different activities such as studying were carried out
remotely, thus it is believed that the effects caused by the device were potentiated. Objective:
To... Ver mais Introduction: Studies suggest that prolonged smartphone use has deleterious effects on health.
With the advent of the covid-19 pandemic, different activities such as studying were carried out
remotely, thus it is believed that the effects caused by the device were potentiated. Objective:
To evaluate smartphone use and factors associated with the health of university students after
social distancing during the COVID-19 pandemic. Methods: This is a cross-sectional and
analytical study, carried out between September and December 2022. 358 adult university
students (18 to 59 years old) participated, regardless of gender, from courses at the Health
Sciences Center (CCS) and Technology (CCT) from the University of Fortaleza (UNIFOR) and
Federal University of Ceará (UFC). The inclusion criteria were: being enrolled in one of the
courses at the aforementioned centers and having participated in the online classes offered in
the years 2020 and 2021. Data collection took place by completing an instrument prepared in
Google Forms, which grouped the questionnaires: socioeconomic, general health assessment,
lifestyle and smartphone usage characteristics; Smartphone Addiction Inventory (SPAI-BR);
Self-Report Questionnaire (SRQ-20); Nordic Musculoskeletal Symptoms Questionnaire;
International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) and Pittsburgh Sleep Quality Index
(PSQI-BR). Data were analyzed by descriptive and inferential statistics using SPSS Statistic
version 23.0 IBM®. Results: There was a higher proportion of females (n=206; 57.5%), mean
age of 22.7 (±4.5) years, with self-reported brown skin color (n=168; 46.9%) and from social
class D (n=118; 33%). Regarding lifestyle, most do not consume alcohol (n=194; 54.2%) and
do not smoke (n=323; 90.2%). A higher percentage were classified as active (n=304; 74.9%) in
terms of activity level, with a similar average sitting time on weekdays and weekends of 7.1 ±
3.2 hours/day and 7.0 ± 3.7 hours/day, respectively. It was found that university students use
smartphones on average 6.6 ± 3.1 hours/day. Among the main reasons for using it are: accessing
the mobile internet (n=334; 93.3%), accessing WhatsApp (n=329; 91.9%), accessing social
networks (n=325; 90.8%), studying (n=286; 74.9%) and attending online classes (n=180;
50.3%). There was a high prevalence of smartphone dependence (n=250; 69.8%),
musculoskeletal pain/discomfort in the neck (n=247; 69.0%), suspected CMD (n=193; 53.9% )
and poor sleep quality (n=249; 69.6%). There was an association between smartphone use time
and sitting time on the weekend (r=0.110; p=0.037), accessing social networks (p=0.030),
attending online classes (p=0.002) and studying (p= 0.029), as well as in those with dependence
(p=0.001). There was also an association with the complaint of musculoskeletal pain/discomfort
in the regions of the elbow (p=0.007), hip (p=0.002) and knee (p=0.001), suspicion of CMD
(p=0.015) and with the subjective quality of the sleep (0.017). Conclusion: There was a high
time of smartphone use among college students, associated with multiple health-related factors.
Therefore, it is necessary to monitor it, as well as to provide measures that reduce this time and
prevent the deleterious effects on physical and mental health, especially as a result of the covid19 pandemic.
Keywords: University students. Smartphone. COVID-19. Physical and mental health.
Associated Factors. Ver menos
Abdon, Ana Paula de Vasconcellos
Orientador
Mont'Alverne, Daniela Gardano Bucharles
Coorientador
Castro, Shamyr Sulyvan de
Banca examinadora
Nunes, Paula Pessoa de Brito
Banca examinadora
Silva Júnior, Geraldo Bezerra da
Banca examinadora
Universidade de Fortaleza. Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Dissertação (mestrado)