Estudo da dependência do smartphone e condições de saúde de idosos durante a pandemia da COVID-19 [Digital]
Dissertação
Português
613.98
Fortaleza, 2020.
61f.
Introdução: O uso das tecnologias tem sido um importante aliado no combate aos efeitos
negativos do isolamento social devido a pandemia da COVID-19. No entanto, sabe-se que o
uso excessivo do smartphone pode causar efeitos deletérios à saúde. Objetivo: Este estudo
teve como objetivo avaliar a... Ver mais Introdução: O uso das tecnologias tem sido um importante aliado no combate aos efeitos
negativos do isolamento social devido a pandemia da COVID-19. No entanto, sabe-se que o
uso excessivo do smartphone pode causar efeitos deletérios à saúde. Objetivo: Este estudo
teve como objetivo avaliar a dependência do smartphone e as condições de saúde de idosos
durante a pandemia da COVID-19. Métodos: Trata-se de um transversal e analítico,
envolvendo todo o território nacional e realizado entre junho a agosto de 2020. Participaram
237 idosos (> 60 anos) saudáveis, independente das características demográficas e que façam
uso rotineiro de smartphone. O recrutamento ocorreu pelo método snowball e por redes
sociais e WhatsApp. Foi aplicado um questionário eletrônico para coletar o perfil
socioeconômico, condições de saúde durante a pandemia, comportamento saudável durante a
pandemia, atividade física durante a pandemia, dependência e o perfil de uso do smartphone.
Para o desfecho dependência do smartphone foram aplicadas análises bivariadas, pelo SPSS
versão 23.0. Resultados: Houve maior proporção do sexo feminino (74,0% n=202), na faixa
de 60 a 64 anos (50,2% n=119), casados (61,2% n=145), superior completo (74,7% n=177),
classe social B (35,9% n=85) e da Região Nordeste (88,2% n=209). Do total, 30,4% (n=72)
consumiam bebidas alcoólicas, 48,5% (n=115) relatava dor na cervical durante a pandemia,
32,5% (n=77) não dormia bem, 2% (n=10) apresentou diagnóstico positivo de COVID-19 e
43,9% (n=104) informou realizar atividade física durante a pandemia. Foi constatado que
29% (n=69) apresentava dependência do smartphone, associada à classe social elevada
(OR=2,541; p=0,002), não dormir bem (OR=3,700; p<0,001), dor na cervical (OR= 2,024;
p=0,015) e o uso do smartphone para trabalho (OR=2,690; p=0,001). O tempo de uso foi de
4,2h diárias (±2,8). Foram apontados o pagamento de contas e outras atividades (54,9%
n=130) e as buscas online e outras atividades (12,7% n=30) as mais frequentes. O WhatsApp
foi o aplicativo com maior uso por (20,3% n=48) dos idosos. Conclusão: A elevada
dependência do smartphone pelos idosos durante o período da pandemia do COVID-19,
mostrando associação com a classe social alta, má qualidade do sono, dor cervical e uso para
trabalho. Ações de promoção de saúde podem ser direcionadas para esse perfil, reduzindo os
danos decorrentes do uso excessivo do smartphone.
Palavras-chaves: Smartphone. COVID-19. Idoso. Saúde. Fatores de Risco Ver menos
negativos do isolamento social devido a pandemia da COVID-19. No entanto, sabe-se que o
uso excessivo do smartphone pode causar efeitos deletérios à saúde. Objetivo: Este estudo
teve como objetivo avaliar a... Ver mais Introdução: O uso das tecnologias tem sido um importante aliado no combate aos efeitos
negativos do isolamento social devido a pandemia da COVID-19. No entanto, sabe-se que o
uso excessivo do smartphone pode causar efeitos deletérios à saúde. Objetivo: Este estudo
teve como objetivo avaliar a dependência do smartphone e as condições de saúde de idosos
durante a pandemia da COVID-19. Métodos: Trata-se de um transversal e analítico,
envolvendo todo o território nacional e realizado entre junho a agosto de 2020. Participaram
237 idosos (> 60 anos) saudáveis, independente das características demográficas e que façam
uso rotineiro de smartphone. O recrutamento ocorreu pelo método snowball e por redes
sociais e WhatsApp. Foi aplicado um questionário eletrônico para coletar o perfil
socioeconômico, condições de saúde durante a pandemia, comportamento saudável durante a
pandemia, atividade física durante a pandemia, dependência e o perfil de uso do smartphone.
Para o desfecho dependência do smartphone foram aplicadas análises bivariadas, pelo SPSS
versão 23.0. Resultados: Houve maior proporção do sexo feminino (74,0% n=202), na faixa
de 60 a 64 anos (50,2% n=119), casados (61,2% n=145), superior completo (74,7% n=177),
classe social B (35,9% n=85) e da Região Nordeste (88,2% n=209). Do total, 30,4% (n=72)
consumiam bebidas alcoólicas, 48,5% (n=115) relatava dor na cervical durante a pandemia,
32,5% (n=77) não dormia bem, 2% (n=10) apresentou diagnóstico positivo de COVID-19 e
43,9% (n=104) informou realizar atividade física durante a pandemia. Foi constatado que
29% (n=69) apresentava dependência do smartphone, associada à classe social elevada
(OR=2,541; p=0,002), não dormir bem (OR=3,700; p<0,001), dor na cervical (OR= 2,024;
p=0,015) e o uso do smartphone para trabalho (OR=2,690; p=0,001). O tempo de uso foi de
4,2h diárias (±2,8). Foram apontados o pagamento de contas e outras atividades (54,9%
n=130) e as buscas online e outras atividades (12,7% n=30) as mais frequentes. O WhatsApp
foi o aplicativo com maior uso por (20,3% n=48) dos idosos. Conclusão: A elevada
dependência do smartphone pelos idosos durante o período da pandemia do COVID-19,
mostrando associação com a classe social alta, má qualidade do sono, dor cervical e uso para
trabalho. Ações de promoção de saúde podem ser direcionadas para esse perfil, reduzindo os
danos decorrentes do uso excessivo do smartphone.
Palavras-chaves: Smartphone. COVID-19. Idoso. Saúde. Fatores de Risco Ver menos
Introduction: The use of technologies has been an important ally in combating the negative
effects of social isolation due to the COVID-19 pandemic. However, it is known that the
excessive use of the smartphone can cause harmful health effects. Objective: This study
aimed to assess smartphone... Ver mais Introduction: The use of technologies has been an important ally in combating the negative
effects of social isolation due to the COVID-19 pandemic. However, it is known that the
excessive use of the smartphone can cause harmful health effects. Objective: This study
aimed to assess smartphone dependence and the health conditions of the elderly during the
COVID-19 pandemic. Methods: It is a cross-sectional and analytical, involving the entire
national territory and carried out between June and August 2020. 237 healthy elderly (> 60
years old), regardless of demographic characteristics and who make routine use of
smartphones, participated. The recruitment took place by the snowball method and by social
networks and WhatsApp. An electronic questionnaire was applied to collect the
socioeconomic profile, health conditions during the pandemic, healthy behavior during the
pandemic, physical activity during the pandemic, addiction and the profile of smartphone use.
For the outcome of smartphone dependency, bivariate analyzes were applied using SPSS
version 23.0. Results: There was a higher proportion of females (74.0% n = 202), aged 60 to
64 years (50.2% n = 119), married (61.2% n = 145), complete higher education (74 , 7% n =
177), social class B (35.9% n = 85) and the Northeast Region (88.2% n = 209). Of the total,
30.4% (n = 72) consumed alcoholic beverages, 48.5% (n = 115) reported neck pain during the
pandemic, 32.5% (n = 77) did not sleep well, 2% (n = 10) had a positive diagnosis of COVID19 and 43.9% (n = 104) reported performing physical activity during the pandemic. It was
found that 29% (n = 69) had smartphone dependence, associated with high class (OR = 2.541;
p = 0.002), not sleeping well (OR = 3.700; p <0.001), neck pain (OR = 2.024; p = 0.015) and
the use of the smartphone for work (OR = 2.690; p = 0.001). The time of use was 4.2h daily
(± 2.8). Payment of bills and other activities (54.9% n = 130) and online searches and other
activities (12.7% n = 30) were the most frequent. WhatsApp was the application with the
greatest use by (20.3% n = 48) of the elderly. Conclusion: The high dependence on the
smartphone by the elderly during the COVID-19 pandemic period, showing an association
with the upper class, poor sleep quality, neck pain and use for work. Health promotion actions
can be directed to this profile, reducing the damage resulting from the excessive use of the
smartphone.
Keywords: Smartphone. COVID-19. Old man. Health. Risk Factors. Ver menos
effects of social isolation due to the COVID-19 pandemic. However, it is known that the
excessive use of the smartphone can cause harmful health effects. Objective: This study
aimed to assess smartphone... Ver mais Introduction: The use of technologies has been an important ally in combating the negative
effects of social isolation due to the COVID-19 pandemic. However, it is known that the
excessive use of the smartphone can cause harmful health effects. Objective: This study
aimed to assess smartphone dependence and the health conditions of the elderly during the
COVID-19 pandemic. Methods: It is a cross-sectional and analytical, involving the entire
national territory and carried out between June and August 2020. 237 healthy elderly (> 60
years old), regardless of demographic characteristics and who make routine use of
smartphones, participated. The recruitment took place by the snowball method and by social
networks and WhatsApp. An electronic questionnaire was applied to collect the
socioeconomic profile, health conditions during the pandemic, healthy behavior during the
pandemic, physical activity during the pandemic, addiction and the profile of smartphone use.
For the outcome of smartphone dependency, bivariate analyzes were applied using SPSS
version 23.0. Results: There was a higher proportion of females (74.0% n = 202), aged 60 to
64 years (50.2% n = 119), married (61.2% n = 145), complete higher education (74 , 7% n =
177), social class B (35.9% n = 85) and the Northeast Region (88.2% n = 209). Of the total,
30.4% (n = 72) consumed alcoholic beverages, 48.5% (n = 115) reported neck pain during the
pandemic, 32.5% (n = 77) did not sleep well, 2% (n = 10) had a positive diagnosis of COVID19 and 43.9% (n = 104) reported performing physical activity during the pandemic. It was
found that 29% (n = 69) had smartphone dependence, associated with high class (OR = 2.541;
p = 0.002), not sleeping well (OR = 3.700; p <0.001), neck pain (OR = 2.024; p = 0.015) and
the use of the smartphone for work (OR = 2.690; p = 0.001). The time of use was 4.2h daily
(± 2.8). Payment of bills and other activities (54.9% n = 130) and online searches and other
activities (12.7% n = 30) were the most frequent. WhatsApp was the application with the
greatest use by (20.3% n = 48) of the elderly. Conclusion: The high dependence on the
smartphone by the elderly during the COVID-19 pandemic period, showing an association
with the upper class, poor sleep quality, neck pain and use for work. Health promotion actions
can be directed to this profile, reducing the damage resulting from the excessive use of the
smartphone.
Keywords: Smartphone. COVID-19. Old man. Health. Risk Factors. Ver menos
Abdon, Ana Paula de Vasconcellos
Orientador
Mesquita, Rafael Barreto de
Banca examinadora
Saintrain, Maria Vieira de Lima
Banca examinadora
Universidade de Fortaleza. Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Dissertação (mestrado)