O trabalho bancário tem sido alvo de investigações acadêmicas e a presente dissertação visa contribuir para o desenvolvimento desse tema no campo dos estudos organizacionais. Nesta pesquisa, buscamos compreender como diferentes formas de exercício do poder permeiam a relação entre gerentes e...

O trabalho bancário tem sido alvo de investigações acadêmicas e a presente dissertação visa contribuir para o desenvolvimento desse tema no campo dos estudos organizacionais. Nesta pesquisa, buscamos compreender como diferentes formas de exercício do poder permeiam a relação entre gerentes e funcionários, pautada na ênfase sobre a produtividade para atingir os objetivos organizacionais em uma instituição financeira. Para isso, utilizamos metodologia qualitativa, baseada em doze entrevistas realizadas entre 2017 e 2018 com gerentes e funcionários vinculados a uma instituição bancária. Os dados coletados foram analisados conforme a técnica de análise de conteúdo, que partiu dos três eixos centrais estabelecidos na pesquisa: gestão, poder e produtividade/meta. Realizando uma interligação entre eles e seus reflexos no trabalho cotidiano, percebemos que no ambiente bancário, o gestor nada mais é que um instrumento para o exercício do poder na instituição financeira que busca de forma incansável o lucro. Na relação entre gerentes e funcionários, os primeiros personificam a ênfase excessiva sobre a produtividade, objetivada na forma da meta, imposta aos segundos. Embora essa relação seja permeada por tensões que atingem o convívio entre as pessoas, o gerente é apenas um componente que cumpre as determinações da hierarquia, muitas vezes sem espaço para questionar e modificar o ambiente.

Palavras-chave: Gestão. Poder. Produtividade. Meta. Setor bancário.

Bank work has been the subject of academic research and this dissertation aims to contribute to the development of this topic in the field of organizational studies. In this research, we seek to understand how different forms of exercising power permeate the relationship between managers and...

Bank work has been the subject of academic research and this dissertation aims to contribute to the development of this topic in the field of organizational studies. In this research, we seek to understand how different forms of exercising power permeate the relationship between managers and employees, based on the emphasis on productivity to achieve the organizational objectives in a financial institution. For this purpose, we used a qualitative methodology, based on twelve interviews carried out between 2017 and 2018 with managers and employees of effective posts linked to a specific banking institution. The collected data were analyzed according to the technique of content analysis, which started from the three central axes established in the research: management, power and productivity/goal. By making an interconnection between them and their consequences in everyday work, we realize that in the banking environment, the manager is nothing more than an instrument for the exercise of power in the financial institution that relentlessly seeks profit. In the relationship between managers and employees, the former personify the excessive emphasis on productivity, objectified in the form of the goal, imposed on the latter. Although this relationship is permeated by tensions that lead to conviviality among people, the manager is only one component that fulfills the determinations of the hierarchy, often without room to question and modify the environment.

Keywords: Management. Power. Productivity. Meta. Banking sector.