Repercussões do uso smartphones na saúde de professores universitários [Digital]
Dissertação
Português
613.9-057.1
Fortaleza, 2021.
Smartphones são ¿computadores de bolso¿ que se mantêm ligados e notificando
seus usuários de forma contínua. Seja pela luz azul das telas ou pela possibilidade
do trabalho a distância, os usos recreativo e profissional de smartphones podem
trazer repercussões negativas para o sono e a saúde mental... Ver mais Smartphones são ¿computadores de bolso¿ que se mantêm ligados e notificando
seus usuários de forma contínua. Seja pela luz azul das telas ou pela possibilidade
do trabalho a distância, os usos recreativo e profissional de smartphones podem
trazer repercussões negativas para o sono e a saúde mental dos trabalhadores,
representando uma ameaça ao distanciamento psicológico do trabalho. As
características do trabalho docente, o contato e as demandas dos alunos, a
competitividade do ambiente acadêmico e o crescente uso das novas tecnologias de
informação e comunicação no ensino oferecem risco a essa população. Diante da
ampla utilização de smartphones na sociedade moderna, o presente estudo se
justifica pela necessidade de compreender como os professores do ensino superior
têm feito uso desses recursos no contexto do trabalho, e como estes recursos
impactam em sua saúde. Objetivou-se, portanto, avaliar os impactos do uso de
smartphones na saúde de professores do ensino superior, diferenciando o uso
pessoal/recreativo do profissional. Realizou-se um estudo quantitativo, cuja coleta de
dados transcorreu de 30 de julho a 12 de outubro de 2020, obtendo-se amostra de
146 professores de uma universidade privada do nordeste brasileiro. Os
instrumentos adotados propiciaram a caracterização sociodemográfica dos
participantes, além dos seguintes aspectos: finalidade e intensidade do uso dos
smartphones; presença de transtornos mentais comuns (Self Report Questionaire -
SRQ-20); sonolência diurna excessiva (Epworth Sleepness Scale - ESS); e
dependência dos dispositivos (Smartphone Addiction Invetory - SPAI). Os resultados
apontaram que os pacientes com sonolência excessiva diurna utilizavam o telefone
significativamente mais para o trabalho ao longo de todo dia (p=0,033) e pela manhã
ao despertar (p=0,018). A percepção de que o uso profissional traz impactos na vida
estava associada a dependência de smartphones (p<0,001; RC 7,350), transtornos
mentais comuns (p<0,001; RC 23,484) e sonolência excessiva diurna (p=0,042; RC
2,864). A percepção de que o uso recreativo traz impactos na vida estava associado
somente à dependência de smartphones (p=0,001; RC 3,224), bem como o uso de
smartphones na primeira meia hora ao despertar (p=0,001; RC 8,217), na última
meia hora antes de dormir (p<0,001; RC 5,817) e a um uso significativamente maior
com a finalidade profissional imediatamente antes de dormir (p=0,017). A frequência
do uso profissional do smartphone foi maior entre desfechos negativos avaliados no
estudo, mostrando que a finalidade do uso dessa ferramenta tem importância na
saúde do professor universitário e deve ser considerada na organização do trabalho,
sendo esta uma das maiores contribuições dessa investigação. Os achados
confirmam a hipótese deste estudo, indicando a necessidade de políticas
institucionais e estratégias de educação em saúde para a utilização saudável do
smartphone, nesse contexto, buscando, assim, a promoção da saúde dos
professores do ensino superior.
Palavras-chave: Smartphone. Saúde do Trabalhador. Saúde Mental. Sono.
Promoção da Saúde. Ver menos
seus usuários de forma contínua. Seja pela luz azul das telas ou pela possibilidade
do trabalho a distância, os usos recreativo e profissional de smartphones podem
trazer repercussões negativas para o sono e a saúde mental... Ver mais Smartphones são ¿computadores de bolso¿ que se mantêm ligados e notificando
seus usuários de forma contínua. Seja pela luz azul das telas ou pela possibilidade
do trabalho a distância, os usos recreativo e profissional de smartphones podem
trazer repercussões negativas para o sono e a saúde mental dos trabalhadores,
representando uma ameaça ao distanciamento psicológico do trabalho. As
características do trabalho docente, o contato e as demandas dos alunos, a
competitividade do ambiente acadêmico e o crescente uso das novas tecnologias de
informação e comunicação no ensino oferecem risco a essa população. Diante da
ampla utilização de smartphones na sociedade moderna, o presente estudo se
justifica pela necessidade de compreender como os professores do ensino superior
têm feito uso desses recursos no contexto do trabalho, e como estes recursos
impactam em sua saúde. Objetivou-se, portanto, avaliar os impactos do uso de
smartphones na saúde de professores do ensino superior, diferenciando o uso
pessoal/recreativo do profissional. Realizou-se um estudo quantitativo, cuja coleta de
dados transcorreu de 30 de julho a 12 de outubro de 2020, obtendo-se amostra de
146 professores de uma universidade privada do nordeste brasileiro. Os
instrumentos adotados propiciaram a caracterização sociodemográfica dos
participantes, além dos seguintes aspectos: finalidade e intensidade do uso dos
smartphones; presença de transtornos mentais comuns (Self Report Questionaire -
SRQ-20); sonolência diurna excessiva (Epworth Sleepness Scale - ESS); e
dependência dos dispositivos (Smartphone Addiction Invetory - SPAI). Os resultados
apontaram que os pacientes com sonolência excessiva diurna utilizavam o telefone
significativamente mais para o trabalho ao longo de todo dia (p=0,033) e pela manhã
ao despertar (p=0,018). A percepção de que o uso profissional traz impactos na vida
estava associada a dependência de smartphones (p<0,001; RC 7,350), transtornos
mentais comuns (p<0,001; RC 23,484) e sonolência excessiva diurna (p=0,042; RC
2,864). A percepção de que o uso recreativo traz impactos na vida estava associado
somente à dependência de smartphones (p=0,001; RC 3,224), bem como o uso de
smartphones na primeira meia hora ao despertar (p=0,001; RC 8,217), na última
meia hora antes de dormir (p<0,001; RC 5,817) e a um uso significativamente maior
com a finalidade profissional imediatamente antes de dormir (p=0,017). A frequência
do uso profissional do smartphone foi maior entre desfechos negativos avaliados no
estudo, mostrando que a finalidade do uso dessa ferramenta tem importância na
saúde do professor universitário e deve ser considerada na organização do trabalho,
sendo esta uma das maiores contribuições dessa investigação. Os achados
confirmam a hipótese deste estudo, indicando a necessidade de políticas
institucionais e estratégias de educação em saúde para a utilização saudável do
smartphone, nesse contexto, buscando, assim, a promoção da saúde dos
professores do ensino superior.
Palavras-chave: Smartphone. Saúde do Trabalhador. Saúde Mental. Sono.
Promoção da Saúde. Ver menos
Smartphones are ¿pocket computers¿ that keep turned on and continuously notifying
their users. Whether due to the blue light of the screens or the possibility of working
remotely, the recreational and professional uses of smartphones can have negative
repercussions for the sleep and mental health of... Ver mais Smartphones are ¿pocket computers¿ that keep turned on and continuously notifying
their users. Whether due to the blue light of the screens or the possibility of working
remotely, the recreational and professional uses of smartphones can have negative
repercussions for the sleep and mental health of workers and pose a threat to
psychological detachment from work. The characteristics of teaching, contact with
students and their demands, the competitiveness of the academic environment and
the growing use of new information and communication technologies in teaching put
professors at risk. Due the widespread use of smartphones in modern society, the
present study is justified by the need to understand how higher education professors
are using these resources in the context of work and how they impact on their health.
Therefore, the objective was to evaluate the impacts of smartphones use on the
health of higher education professors, differentiating the personal / recreational use
from the work related use. A quantitative study was carried out, whose data collection
took place from July 30 to October 12, 2020, obtaining a sample of 146 professors
from a private University in Northeast Brazil. The instruments adopted enabled the
sociodemographic characterization of the participants, in addition to the following
aspects: purpose and intensity of smartphone use; presence of common mental
disorders (Self Report Questionaire - SRQ-20); excessive daytime sleepiness
(Epworth Sleepness Scale - ESS); and smartphone addiction (Smartphone Addiction
Invetory - SPAI). The results showed that patients with excessive daytime sleepiness
used the telephone significantly more for work throughout the day (p=0.033) and in
the morning upon awakening (p=0.018). The perception that professional use has an
impact on life was associated with smartphone dependence (p<0.001; OR 7.350),
common mental disorders (p<0.001; OR 23.484) and excessive daytime sleepiness
(p=0.042; OR 2.864). The perception that recreational use has an impact on life was
associated only with smartphone dependence (p=0.001; OR 3.224), as well as the
use of smartphones in the first half hour upon awakening (p=0.001; OR 8.217), in the
last half hour before sleeping (p<0.001; OR 5.817) and to a significantly greater use
for professional purposes immediately before bedtime (p=0.017). The frequency of
work related smartphone use was higher among negative outcomes assessed in the
study, showing that the purpose of using this tool is important for the health of the
university professor and should be considered in the organization of work, which is
one of the greatest contributions of this investigation. The findings confirm the
hypothesis of this study, indicating the need for institutional policies and health
education strategies for the healthy use of smartphones, in this context, thus seeking
to promote the health of higher education teachers.
Keywords: Smartphone. Occupational Health. Mental Health. Sleep. Health
Promotion. Ver menos
their users. Whether due to the blue light of the screens or the possibility of working
remotely, the recreational and professional uses of smartphones can have negative
repercussions for the sleep and mental health of... Ver mais Smartphones are ¿pocket computers¿ that keep turned on and continuously notifying
their users. Whether due to the blue light of the screens or the possibility of working
remotely, the recreational and professional uses of smartphones can have negative
repercussions for the sleep and mental health of workers and pose a threat to
psychological detachment from work. The characteristics of teaching, contact with
students and their demands, the competitiveness of the academic environment and
the growing use of new information and communication technologies in teaching put
professors at risk. Due the widespread use of smartphones in modern society, the
present study is justified by the need to understand how higher education professors
are using these resources in the context of work and how they impact on their health.
Therefore, the objective was to evaluate the impacts of smartphones use on the
health of higher education professors, differentiating the personal / recreational use
from the work related use. A quantitative study was carried out, whose data collection
took place from July 30 to October 12, 2020, obtaining a sample of 146 professors
from a private University in Northeast Brazil. The instruments adopted enabled the
sociodemographic characterization of the participants, in addition to the following
aspects: purpose and intensity of smartphone use; presence of common mental
disorders (Self Report Questionaire - SRQ-20); excessive daytime sleepiness
(Epworth Sleepness Scale - ESS); and smartphone addiction (Smartphone Addiction
Invetory - SPAI). The results showed that patients with excessive daytime sleepiness
used the telephone significantly more for work throughout the day (p=0.033) and in
the morning upon awakening (p=0.018). The perception that professional use has an
impact on life was associated with smartphone dependence (p<0.001; OR 7.350),
common mental disorders (p<0.001; OR 23.484) and excessive daytime sleepiness
(p=0.042; OR 2.864). The perception that recreational use has an impact on life was
associated only with smartphone dependence (p=0.001; OR 3.224), as well as the
use of smartphones in the first half hour upon awakening (p=0.001; OR 8.217), in the
last half hour before sleeping (p<0.001; OR 5.817) and to a significantly greater use
for professional purposes immediately before bedtime (p=0.017). The frequency of
work related smartphone use was higher among negative outcomes assessed in the
study, showing that the purpose of using this tool is important for the health of the
university professor and should be considered in the organization of work, which is
one of the greatest contributions of this investigation. The findings confirm the
hypothesis of this study, indicating the need for institutional policies and health
education strategies for the healthy use of smartphones, in this context, thus seeking
to promote the health of higher education teachers.
Keywords: Smartphone. Occupational Health. Mental Health. Sleep. Health
Promotion. Ver menos
Brasil, Christina Cesar Praca
Orientador
Almeida, Rosa Lívia Freitas de
Banca examinadora
Araripe Neto, Ary Gadelha de Alencar
Banca examinadora
Gonçalves, Rosemary Cavalcante
Banca examinadora
Universidade de Fortaleza. Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Dissertação (mestrado)