Desenvolvimento territorial: a economia criativa nas regiões com indicação geográfica para o vinho [Digital]
Tese
Português
330.35
Fortaleza, 2018.
As Indicações Geográficas (IG) constituem formas de proteção legitimadas por convenções internacionais e os produtos com este sinal distintivo de origem se diferenciam pelo terroir. Por sua vez, o desenvolvimento da economia criativa em uma região se dá pelo aproveitamento dos recursos criativos...
Ver mais
As Indicações Geográficas (IG) constituem formas de proteção legitimadas por convenções internacionais e os produtos com este sinal distintivo de origem se diferenciam pelo terroir. Por sua vez, o desenvolvimento da economia criativa em uma região se dá pelo aproveitamento dos recursos criativos quando se tem algum recurso intangível e simbólico notório na região, como uma IG. O desenvolvimento foi abordado considerando a notoriedade do vinho com IG como vantagem competitiva e a economia criativa utilizando o simbolismo e a organização do arranjo produtivo como parte de um processo descentralizado e orientado para place branding e capaz de levar a um desenvolvimento territorial. Assim, o objetivo geral dessa pesquisa é verificar a contribuição da economia criativa para o desenvolvimento territorial de regiões com IG para o vinho. A pesquisa é classificada como estudo de casos múltiplos, qualitativa, aplicada, exploratória, descritiva e transversal. O território estudado compreendeu todas as regiões com IG para o vinho no Brasil, nos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. A justificativa para escolha do segmento econômico do vinho se deve ao fato de as seis regiões com IG estarem concentradas geograficamente, à relevância da produção de vinho e do enoturismo e por serem algumas das primeiras IG brasileiras. A coleta de dados foi efetuada por meio de entrevistas as quais contemplaram, seguindo a metodologia Tridente Criativo, grupos formados pelo poder público, setor produtivo e setor criativo. Neste trabalho optou-se por um corte transversal com a coleta de dados sendo realizada em um único momento nos meses de setembro e outubro de 2017, sem coletas longitudinais.As principais conclusões são que: (1) A economia criativa em relação às IG está restrita ao desenvolvimento de marcas, rótulos, contrarrótulos, garrafas e panfletos explicativos. Os eventos estão ligados ao vinho e não, especificamente, às IG; (2) O valor simbólico existente se deve ao vinho e ao envolvimento direto com a IG; (3) A adoção de um novo framework quando da implantação de uma IG é um devir, dada as limitadas ações observadas em relação a um planejamento estratégico de marketing orientado para economia criativa, place branding e desenvolvimento territorial baseado neste recurso endógeno. A observância atual quanto aos critérios técnicos e à organização dos produtores são insuficiente para se chegar a um desenvolvimento territorial pelas IG.
Palavras-chave: Indicação geográfica. Economia criativa. Place branding. Desenvolvimento territorial.
Ver menos
Palavras-chave: Indicação geográfica. Economia criativa. Place branding. Desenvolvimento territorial.
Ver menos
Geographical Indications (GIs) constitute forms of protection legitimized by international conventions and products with this distinctive sign of origin are differentiated by terroir. In turn, the development of the creative economy in a region is by the use of creative resources when there is some...
Ver mais
Geographical Indications (GIs) constitute forms of protection legitimized by international conventions and products with this distinctive sign of origin are differentiated by terroir. In turn, the development of the creative economy in a region is by the use of creative resources when there is some intangible and symbolic resource notorious in the region, such as a GI. The development was approached considering the notoriety of wine with GI as a competitive advantage and the creative economy using the symbolism and the organization of the productive arrangement as part of a decentralized process oriented to place branding and able to lead to a territorial development. Thus, the general objective of this research is to verify the contribution of the creative economy to the territorial development of regions with GIs for wine. The research is classified as a multiple case study, qualitative, applied, exploratory, descriptive and transversal. The studied territory comprised all regions with GI for wine in Brazil, in the states of Rio Grande do Sul and Santa Catarina. The rationale for choosing the economic segment of the wine is due to the fact that the six regions with GI are concentrated geographically, the relevance of wine production and wine tourism and for being some of the first Brazilian GIs. Data collection was done through interviews that included, according to the Tridente Criativo methodology, groups formed by the public power, productive sector and creative sector. In this work we chose a cross-section with the data collection being performed in a single moment in the months of September and October of 2017, without longitudinal collections.The main conclusions are that: (1) The creative economy in relation to the IG is restricted to the development of brands, labels, contrarrótulos, bottles and explanatory leaflets. Events are linked to wine and not specifically to GIs; (2) The existing symbolic value is due to wine and direct involvement with GI; (3) The adoption of a new framework when the implementation of a GI is a becoming, given the limited actions observed in relation to a strategic marketing planning oriented creative economy, place branding and territorial development based on this indigenous resource. The current observance of the technical criteria and the organization of producers are insufficient to achieve territorial development by the GIs.
Keywords: Geographical indication. Creative economy. Place branding. Territorial development. Ver menos
Keywords: Geographical indication. Creative economy. Place branding. Territorial development. Ver menos
Cabral, José Ednilson de Oliveira
Orientador
Cabral, José Ednilson de Oliveira
Banca examinadora
Marquesan, Fabio Freitas Schilling
Banca examinadora
Castelo, Jose Sarto Freire
Banca examinadora
Chacón, Suely Salgueiro
Banca examinadora
Bem, Judite Sanson de
Banca examinadora