O câncer pode acarretar perda de peso e desnutrição podendo afetar crianças. No Brasil é considerada uma das causas de morte mais frequentes em crianças, especialmente de 1 a 5 anos de idade. Objetivo: Avaliar associação entre o tratamento quimioterápico e o estado nutricional de crianças e...

O câncer pode acarretar perda de peso e desnutrição podendo afetar crianças. No Brasil é considerada uma das causas de morte mais frequentes em crianças, especialmente de 1 a 5 anos de idade. Objetivo: Avaliar associação entre o tratamento quimioterápico e o estado nutricional de crianças e adolescente diagnosticados com tumores sólidos maligno. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional com abordagem quantitativa e recorte temporal transversal. Os dados foram coletados no primeiro semestre de 2017, os dados demográficos (identificação, sexo e data de nascimento) e clínicos (diagnóstico, data do diagnóstico, estadiamento do tumor, terapia antineoplásica empregada, tratamento prévio e tempo de tratamento, estado nutricional prévio foram obtidos diretamente do prontuário. Os dados nutricionais foram coletados antes de iniciar o ciclo de quimioterapia (podendo ser avaliado até três dias antes) e o segundo após o término do mesmo (podendo ser avaliado até três dias depois). com avaliação do estado nutricional antes e depois do tratamento quimioterápico e avaliação dos efeitos colaterais. Resultados: Participaram do estudo 48 pacientes, sendo 52,1% (n=25) do sexo masculino e 47,9% (n=23) do sexo feminino. A faixa etária variou entre 2 anos e 17 anos, com mediana 8,6 anos. O tipo de neoplasia mais frequente em crianças foi Osteossarcoma (29,2%) e em relação ao estado nutricional prévio a maioria se encontrava eutrófica (75%), segundo o IMC/I. Já na avaliação após início do tratamento quimioterápico, 52% foram classificados como eutróficos, 42% com magreza; 4% tinham sobrepeso e 2% obesidade. A diferença média de peso entre os períodos da quimioterapia foi de -0,19 (DP=0,98), sem relevância significante (p=0,177). Houve diferença na classificação do estado nutricional entre os períodos da quimioterapia (inicial e final), ocorreu aumento no percentual de voluntários com magreza e redução com eutrofia (p=0,003). E em relação aos sintomas gastrointestinais o mais frequente foi a anorexia (70,8%), seguido de náuseas e vômitos. Conclusão: Estatisticamente, não foi possível encontrar uma associação entre o tratamento quimioterápico e o estado nutricional de crianças e adolescente diagnosticados com tumores sólidos malignos, porém foi observado um aumento de participantes desnutridos e diminuição de eutróficos, comparando ao estado nutricional anterior ao tratamento. Na avaliação do estado nutricional através da circunferência do braço, os achados em relação ao número de desnutridos são alarmantes, necessitando de intervenção precoce, pois sabe-se que uma nutrição inadequada pode contribuir para aparecimento de complicações, aumento dos efeitos colaterais, abandono do tratamento e necessidade frequente de internação.

Cancer can lead to weight loss and malnutrition and can affect children. In Brazil it is considered one of the most frequent causes of death in children, especially from 1 to 5 years old. Objective: To evaluate the association between the chemotherapy treatment and the nutritional status of children...

Cancer can lead to weight loss and malnutrition and can affect children. In Brazil it is considered one of the most frequent causes of death in children, especially from 1 to 5 years old. Objective: To evaluate the association between the chemotherapy treatment and the nutritional status of children and adolescents diagnosed with malignant solid tumors. Methodology: This is an observational study with quantitative approach and transverse temporal cut-off. The data were collected in the first semester of 2017, the demographic data (identification, gender and date of birth) and clinical data (diagnosis, date of diagnosis, tumor staging, antineoplastic therapy employed, previous treatment and treatment time, previous nutritional status). The nutritional data were collected before starting the chemotherapy cycle (it can be evaluated up to three days before) and the second one after the end of the cycle (it can be evaluated up to three days later). Results: 48 patients, 52.1% male and 47.9% female, participated in the study were females. The age group varied according to the number of patients between 2 years and 17 years, with a median 8.6 years. The most frequent type of neoplasm in children was Osteosarcoma (29.2%) and in relation to the previous nutritional status, most (75%) according to BMI/A The evaluation after starting chemotherapy, 52% were classified as eutrophic, 42% with thinness; 4% patients were overweight and 2% were obese. The mean weight difference between the chemotherapy periods was -0.19 (SD = 0.98), with no significant relevance (p = 0.177). There was a difference in the classification of nutritional status between the chemotherapy periods (initial and final), there was an increase in the percentage of volunteers with leanness and reduction with eutrophy (p = 0.003). In relation to gastrointestinal symptoms, anorexia (70.8%) was the most frequent, followed by nausea and vomiting. Conclusion: Statistically, it was not possible to find an association between the chemotherapy treatment and the nutritional status of children and adolescents diagnosed with solid malignant tumors, but an increase in undernourished participants and a decrease in eutrophic patients were observed, comparing to the nutritional status prior to treatment. In the evaluation of nutritional status through the circunference of the arm, the findings regarding the number of malnutrition. patients are alarming, necessitating early intervention, since it is known that inadequate nutrition may contribute to complications, increase of side effects, abandonment of treatment and frequent need hospitalization.