Microcrédito é a denominação dada ao empréstimo de baixo valor obtido por
empreendedores de baixa renda. Essas pessoas, que contratam o microcrédito, são
conhecidas no mercado como microempreendedores. Trabalhadores principalmente
de baixa renda, autônomos, que podem ser formais ou informais, que se...

Microcrédito é a denominação dada ao empréstimo de baixo valor obtido por
empreendedores de baixa renda. Essas pessoas, que contratam o microcrédito, são
conhecidas no mercado como microempreendedores. Trabalhadores principalmente
de baixa renda, autônomos, que podem ser formais ou informais, que se constituem
atualmente em parcela significativa do setor informal da economia, principalmente
pela falta de emprego e ou pelo baixo nível de capacitação. Aos poucos, graças à
captação do microcrédito, essas pessoas estão tendo acesso ao setor bancário
formal e conquistam a condição e a capacidade de participação, de inclusão social e
do exercício da cidadania. Nessa caminhada de inclusão produtiva, o próximo passo
de promoção do empoderamento dos microempreendedores é a inclusão digital.
Apresenta-se nesse texto um estudo sobre a forma com que os
microempreendedores que captaram microcrédito estão utilizando a Internet para
alavancar seus negócios. Foram entrevistados 30 microempreendedores, sendo a
metade usuária dos recursos oferecidas pela Rede Mundial de Computadores para
divulgar seus negócios e a outra metade ainda não utiliza tais ferramentas. Para
melhor especificar o tipo de empreendedor, foi selecionado o segmento de moda e
beleza, por exigir constantemente a necessidade de inovar e acompanhar as
mudanças a fim de fidelizar os clientes antigos e conquistar novos consumidores. A
pesquisa tem natureza exploratória e descritiva. Os dados foram coletados a partir
de entrevistas, amparadas por roteiro semiestruturado, realizadas em visitas a uma
unidade de atendimento do Crediamigo, o maior programa de microcrédito do Brasil.
Para a análise dos dados, foi utilizado o critério de amostragem por saturação
teórica proposto por Falqueto e Farias (2016), que estabelece o número de
participantes em investigações qualitativas ao suspender a inclusão de novos
participantes na pesquisa quando os dados obtidos passam a apresentar
redundância ou repetição, na avaliação do pesquisador, não sendo considerado
produtivo persistir na coleta de dados. A análise dos resultados identificou as redes
sociais mais utilizadas pelos microempreendedores, os principais motivos que os
levaram a começar a utilizar as ferramentas on-line e como planejam a divulgação
de seus negócios na Internet. Os participantes também enumeraram os pontos
positivos da utilização da Internet nos negócios e suas principais dificuldades ao
lidar com o mundo virtual. A conclusão aponta para a necessidade de se oferecer
aos microempreendedores mais condições de acesso à tecnologia e à capacitação
na área de marketing digital, de forma a gerar mais oportunidades e aumentar ainda
mais os resultados alcançados, criando possibilidades de renda e cidadania.
Palavras-chave: Microcrédito. Microempreendedorismo. Inclusão digital. Marketing
digital.

Microcredit is the name given to the low-value loan obtained by low-income
entrepreneurs. These people, who hire microcredit, are known in the market as
microentrepreneurs. Workers, mainly low-income, self-employed, who may be formal
or informal, who are currently a significant part of the informal...

Microcredit is the name given to the low-value loan obtained by low-income
entrepreneurs. These people, who hire microcredit, are known in the market as
microentrepreneurs. Workers, mainly low-income, self-employed, who may be formal
or informal, who are currently a significant part of the informal sector of the economy,
mainly due to lack of employment and / or low level of training. Gradually, thanks to
the funding of microcredit, these people are gaining access to the formal banking
sector and gain the status and capacity for participation, social inclusion and the
exercise of citizenship. In this path of productive inclusion, the next step in promoting
the empowerment of microentrepreneurs is digital inclusion. The paper presents a
study on how microentrepreneurs who have captured microcredit are using the
Internet to leverage their businesses. A total of 30 microentrepreneurs were
interviewed, with half of the resources being offered by the World Wide Web to
publicize their businesses, while the other half did not use such tools. To better
specify the type of entrepreneur, the fashion and beauty segment was selected, as it
is where the need to innovate and follow the changes is constantly demanded in
order to retain old customers and win new consumers. The research has an
exploratory and descriptive nature. The data were collected from interviews,
supported by a semi-structured script, carried out on visits to a service unit of
Crediamigo, Brazil's largest microcredit program. For the analysis of the data, the
theoretical saturation sampling criterion proposed by Falqueto and Farias (2016) was
used, which establishes the number of participants in qualitative investigations by
suspending the inclusion of new participants in the research when the data obtained
are redundant or repetition, in the evaluation of the researcher, not being considered
productive persists in the data collection. The results analysis identified the social
networks most used by microentrepreneurs, the main reasons that led them to start
using the online tools and how they plan to advertise their business on the Internet.
Participants also listed the positive aspects of using the Internet in business and their
main difficulties in dealing with the virtual world. The conclusion points to the need to
offer microentrepreneurs more access to technology and training in the area of digital
marketing, in order to generate more opportunities and increase the results achieved,
creating possibilities for income and citizenship.
Keywords: Microcredit. Microentrepreneurship. Digital inclusion. Digital marketing.