Com base no pressuposto que as atividades dos profissionais da panificação envolvem um contexto de trabalho dotado de sofrimento físico e psíquico, percebe-se a importância de pensar as condições, organização e as relações socioprofissionais dessa categoria de trabalhadores. Para atender aos...

Com base no pressuposto que as atividades dos profissionais da panificação envolvem um contexto de trabalho dotado de sofrimento físico e psíquico, percebe-se a importância de pensar as condições, organização e as relações socioprofissionais dessa categoria de trabalhadores. Para atender aos objetivos, o estudo contou com uma metodologia de pesquisa mista, uma vez, que se busca verificar as percepções dos profissionais da panificação sobre os impactos do trabalho na saúde e na qualidade de vida. Para a coleta de dados quantitativos, aplicou-se um questionário semiestruturado, com dez alunos de ambos os sexos, do curso de Gastronomia de uma IES que trabalhassem exercendo a função de padeiro em estabelecimentos que utilizam o trabalho manual e não contam com ajuda de maquinário para a fabricação direta dos pães e que estivessem trabalhando na função há mais de 6 meses. A pesquisa qualitativa foi realizada através de entrevista, com todos os participantes da primeira etapa. A caracterização sociodemográfica, profissional e de saúde mostrou que a maior parte dos padeiros são homens (70%), com idade média de 36 anos. A carga horária trabalhada na panificação acima de 40 horas (90%), porém 80% realizam outro trabalho fora panificação. As condições de saúde revelam que as doenças ocupacionais estão bem presentes nesses profissionais. Os resultados encontrados apontam que 100% sentem dor ao realizar movimentos repetitivos, dores nas costas, ombros e tensão muscular. O estresse, o tempo de trabalho em pé e a alta temperatura do ambiente são relatados pelos padeiros como fatores que fazem mal a saúde. 80% relatam que o trabalho é muito importante para sua vida, que o bom relacionamento com os colegas e a satisfação dos clientes faz bem à saúde. O reconhecimento por parte dos gestores, a autonomia para criação trazem motivação no trabalho geram orgulho pela profissão. Apesar de existirem políticas voltadas a saúde do trabalhador e vastos trabalhos sobre qualidade de vida, ainda é escasso pesquisas relacionadas à saúde e qualidade de vida dos profissionais da panificação.

Based on the assumption that the activities of the baking professionals involve a work context endowed with physical and psychological suffering, one can perceive the importance of thinking about the conditions, organization and socio-professional relations of this category of workers. In order to...

Based on the assumption that the activities of the baking professionals involve a work context endowed with physical and psychological suffering, one can perceive the importance of thinking about the conditions, organization and socio-professional relations of this category of workers. In order to meet the objectives, the study had a mixed research methodology, once, which seeks to verify the perceptions of baking professionals about the impacts of work on health and quality of life. For the collection of quantitative data, a semi-structured questionnaire was applied, with ten students of both sexes, of the course of Gastronomy of an HEI who worked as baker in establishments that use manual labor and do not rely on machinery for the direct manufacture of the loaves and that have been working in the function for more than 6 months. The research qualitative was performed through an interview with all the participants of the first stage. The sociodemographic, professional and health characterization showed that the majority of bakers are men (70%), with average age of 36 years. The workload worked on baking more than 40 hours (90%), but 80% performed other work outside baking. Health conditions reveal that occupational diseases are very present in these professionals. The results show that 100% feel pain when performing repetitive movements, back pain, shoulders and muscle tension. Stress, standing time, and high ambient temperature are reported by bakers as factors that cause poor health. 80% report that work is very important for their lives, that good relationships with colleagues and customer satisfaction are good for their health. The recognition by the managers, the autonomy for creation brings motivation in the work generate pride by the profession. Although there are policies focused on worker health and extensive work on quality of life, there is still scarce research related to the health and quality of life of bakers.