Desfecho do paciente de ventilação mecânica prolongada após alta da Unidade de Terapia Intensiva [Digital]
Dissertação
Português
615.816
Fortaleza, 2016.
Introdução. Frente aos avanços da tecnologia, dos recursos humanos especializados, da luta para vida de pacientes criticamente enfermos, a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), pode originar uma população denominada de ¿doente crítico crônico¿. Estes possuem como característica principal a dependência...
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Introdução. Frente aos avanços da tecnologia, dos recursos humanos especializados, da luta para vida de pacientes criticamente enfermos, a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), pode originar uma população denominada de ¿doente crítico crônico¿. Estes possuem como característica principal a dependência de Ventilação Mecânica Prolongada (VMP) e pode apresentar também outras características adicionais. A incidência de VMP na UTI encontra-se abaixo de 11%, fato que representa minoria, porém estes são responsáveis por uma quantidade desproporcional de utilização de recursos, com necessidade de cuidados frequentes e desfechos desfavoráveis. Objetivo. Analisar o desfecho do paciente de Ventilação Mecânica Prolongada após alta da UTI. Método. Estudo transversal retrospectivo, documental, descritivo e exploratório realizado no Hospital Geral Waldemar Alcântara (HGWA). As informações do paciente foram originárias dos prontuários da UTI adulto dando segmento com as da Unidade de Cuidados Especiais (UCE). Foram avaliados 142 prontuários do período de 2012 a 2014,
sendo a coleta de dados realizada de junho a setembro de 2015. Os dados foram transcritos para um instrumento de coleta e analisados com auxílio do programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 19.0 para Windows. Para análise de inferência foram considerados significativos os valores de p<0,05. Resultados. Observou-se um maior quantitativo percentual: faixa etária até 59 anos (28,9%), de homens (58,5%) e de procedência externa (82,4%). Com relação ao diagnóstico, à admissão PAC Associada a Insuficiência Respiratória teve maior número percentual de registros (54,9%) entre as comorbidades registradas: hipertensão (54,2%), cardiopatia (34,5%), diabetes (32,4%) e sequelas neurológicas (19,7%). Dos hábitos deletérios, tabagismo (53,7%) foi predominante. A principal causa que levou a intervenção da ventilação mecânica foi IRpA (90,1%). 15,5% destes pacientes já haviam sido submetidos a algum tipo de cirurgia prévia, a laparotomia (40,9%) foi a mais prevalente, 25,4% dos pacientes passaram por novas cirurgias e novamente a laparotomia (55,6%) foi predominante. Dentre as complicações na UTI adulto, prevaleceram: SEPSE (64,1%), Insuficiência Renal Aguda Dialítica (53,5%) e Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (35,2%), apenas 14,1% dos pacientes que estavam submetidos à Ventilação Mecânica Prolongada (VMP) conseguiram obter êxito na sua retirada e na UTI adulto tiveram como desfecho o óbito (35,2%) e alta (64,1%). Na UCE, quase um terço (30,2%) apresentou nova SEPSE, apenas 39,4% tiveram sucesso na retirada da ventilação mecânica neste setor, 29,3% sofreram decanulação e tiveram como desfecho o óbito (61,5%), transferência para outro hospital (1,1%), alta para o Programa de Atendimento Domiciliar (16,5%) e alta domiciliar (20,9%). Nas inferências estatísticas, das diversas características que foram listadas do diagnóstico à admissão, comorbidades e complicações na UTI, somente: Infarto Agudo do Miocárdio, Rebaixamento sensório, Hepatopatia, Insuficiência Renal Aguda não dialítica, Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica e Parada Cardiorrespiratória tiveram associações estatísticas (p<0,05), cirurgia prévia (laparotomia) antes e após a internação na UTI, obteve-se significância no desfecho (óbito ou alta) desses prontuários da UTI adulto. Apenas Insuficiência Renal Aguda dialítica e Instabilidade Hemodinâmica tiveram significância estatística com o desfecho referente a óbito na UCE e não houve com as comorbidades e no final o tempo de ventilação mecânica teve relação com significância estatística (p<0,05) com o desfecho do paciente na UCE. Conclusão.Os pacientes em VMP integram um grupo com mortalidade e permanência elevada. Um pequeno percentual dessa população conseguiu obter êxito na retirada da VM, bem como alta domiciliar ou acompanhada pelo Programa de atendimento Domiciliar. Ver menos
sendo a coleta de dados realizada de junho a setembro de 2015. Os dados foram transcritos para um instrumento de coleta e analisados com auxílio do programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 19.0 para Windows. Para análise de inferência foram considerados significativos os valores de p<0,05. Resultados. Observou-se um maior quantitativo percentual: faixa etária até 59 anos (28,9%), de homens (58,5%) e de procedência externa (82,4%). Com relação ao diagnóstico, à admissão PAC Associada a Insuficiência Respiratória teve maior número percentual de registros (54,9%) entre as comorbidades registradas: hipertensão (54,2%), cardiopatia (34,5%), diabetes (32,4%) e sequelas neurológicas (19,7%). Dos hábitos deletérios, tabagismo (53,7%) foi predominante. A principal causa que levou a intervenção da ventilação mecânica foi IRpA (90,1%). 15,5% destes pacientes já haviam sido submetidos a algum tipo de cirurgia prévia, a laparotomia (40,9%) foi a mais prevalente, 25,4% dos pacientes passaram por novas cirurgias e novamente a laparotomia (55,6%) foi predominante. Dentre as complicações na UTI adulto, prevaleceram: SEPSE (64,1%), Insuficiência Renal Aguda Dialítica (53,5%) e Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (35,2%), apenas 14,1% dos pacientes que estavam submetidos à Ventilação Mecânica Prolongada (VMP) conseguiram obter êxito na sua retirada e na UTI adulto tiveram como desfecho o óbito (35,2%) e alta (64,1%). Na UCE, quase um terço (30,2%) apresentou nova SEPSE, apenas 39,4% tiveram sucesso na retirada da ventilação mecânica neste setor, 29,3% sofreram decanulação e tiveram como desfecho o óbito (61,5%), transferência para outro hospital (1,1%), alta para o Programa de Atendimento Domiciliar (16,5%) e alta domiciliar (20,9%). Nas inferências estatísticas, das diversas características que foram listadas do diagnóstico à admissão, comorbidades e complicações na UTI, somente: Infarto Agudo do Miocárdio, Rebaixamento sensório, Hepatopatia, Insuficiência Renal Aguda não dialítica, Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica e Parada Cardiorrespiratória tiveram associações estatísticas (p<0,05), cirurgia prévia (laparotomia) antes e após a internação na UTI, obteve-se significância no desfecho (óbito ou alta) desses prontuários da UTI adulto. Apenas Insuficiência Renal Aguda dialítica e Instabilidade Hemodinâmica tiveram significância estatística com o desfecho referente a óbito na UCE e não houve com as comorbidades e no final o tempo de ventilação mecânica teve relação com significância estatística (p<0,05) com o desfecho do paciente na UCE. Conclusão.Os pacientes em VMP integram um grupo com mortalidade e permanência elevada. Um pequeno percentual dessa população conseguiu obter êxito na retirada da VM, bem como alta domiciliar ou acompanhada pelo Programa de atendimento Domiciliar. Ver menos
Introduction. Given the advances in technology, the skilled human resources, and the fight for life of critically ill patients, the Intensive Care Unit (ICU) can develop a population of ¿chronically and critically ill patients". Their main characteristic is the dependence on Prolonged Mechanical...
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Introduction. Given the advances in technology, the skilled human resources, and the fight for life of critically ill patients, the Intensive Care Unit (ICU) can develop a population of ¿chronically and critically ill patients". Their main characteristic is the dependence on Prolonged Mechanical Ventilation (PMV) and they may also present other additional characteristics. The incidence of PMV in the ICU is below 11%, which represents a minority; however, these patients are responsible for a disproportionate amount of resource use, requiring frequent care and with unfavorable outcomes. Objective. To analyze the outcome of patients depending on Prolonged Mechanical Ventilation after discharge from the ICU. Method. This is a retrospective, documentary, descriptive and exploratory cross-sectional study. The study was conducted at the Waldemar Alcântara General Hospital (Hospital Geral Waldemar Alcântara ¿ HGWA). Patient¿s information were obtained from medical records of the adult ICU and the Special Care Unit (SCU). A total of 142 medical records dating from 2012 to 2014 were analyzed. Data were collected from June to September 2015. Data were entered into a collection instrument and analyzed using the Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) version 19.0 for Windows. Inferential analysis was performed with statistical significance set at p<0.05. Results. There was a higher percentage of: individuals over 59 years old (28.9%), men (58.5%) and external demand (82.4%). Regarding diagnosis, admission due to CAP associated with respiratory failure presented a higher percentage of records (54.9%) among the comorbidities recorded: hypertension (54.2%), heart disease (34.5%), diabetes (32.4%) and neurological sequelae (19.7%). Smoking (53.7%) was the most common deleterious habit. The main cause that led to mechanical ventilation was acute respiratory failure (90.1%). 15.5% of these patients had undergone some type of surgery, with laparotomy (40.9%) as the most prevalent, and 25.4% of patients underwent further surgeries and laparotomy (55.6%) was once again the most prevalent. The most prevalent complications in the adult ICU were: sepsis (64.1%), acute renal failure treated by dialysis (53.5%) and Pneumonia Associated with Mechanical Ventilation (35.2%). Only 14.1% of patients undergoing Prolonged Mechanical Ventilation (PMV) achieved success in their withdrawal and the main outcomes in the adult ICU were death (35.2%) and discharge (64.1%). In the SCU, nearly a third of patients (30.2%) presented new sepsis, only 39.4% were successful in the withdrawal of mechanical ventilation, 29.3% were decannulated and the main outcomes were death (61.5%), referral to another hospital (1.1%), discharge for the Homecare Program (16.5%) and home car discharge (20.9%). Considering the statistical inferences of the various characteristics listed from diagnosis to admission, comorbidities and complications in ICU, only: Acute Myocardial Infarction, sensory alterations, liver disease, acute renal failure not requiring dialysis, Pneumonia associated with Mechanical Ventilation and Cardiopulmonary Resuscitation presented statistical associations (p<0.05). Previous surgery (laparotomy) before and after admission to the ICU was significantly associated with the outcome (death or discharge) among the records of the adult ICU. Only Acute renal failure requiring dialysis and Hemodynamic Instability were statistically associated with death outcome in the SCU but not with comorbidities. At the end, the duration of mechanical ventilation was statistically associated (p <0.05) with patient¿s outcome in the SCU. Conclusion. Patients undergoing PMV are part of a group with high mortality and permanence rates. A small percentage of this population could succeed in removing the MV and hospital discharge or follow-up by the Home Care Program.
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Disponibilidade forma física: Existe obra impressa de código : 100329
Saintrain, Maria Vieira de Lima
Orientador
Saintrain, Maria Vieira de Lima
Banca examinadora
Diógenes, Vasco Pinheiro
Banca examinadora
Mont'Alverne, Daniela Gardano Burchales
Banca examinadora
Silva Júnior, Geraldo Bezerra da
Banca examinadora
Universidade de Fortaleza. Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Dissertação (mestrado)