Os efeitos da biopolítica para a função sujeito [Digital]
Dissertação
Português
159.964.2
[The effects of biopolitics to the functions subject]
Fortaleza, 2014.
O presente trabalho trata de uma discussão acerca da atual hegemonia do discurso biopolítico
e seus efeitos para a função sujeito. Nossa problemática diz respeito aos desdobramentos da
biopolítica no que se refere aos seus efeitos de dessubjetivação. A pesquisa, que é de caráter
bibliográfico,... Ver mais O presente trabalho trata de uma discussão acerca da atual hegemonia do discurso biopolítico
e seus efeitos para a função sujeito. Nossa problemática diz respeito aos desdobramentos da
biopolítica no que se refere aos seus efeitos de dessubjetivação. A pesquisa, que é de caráter
bibliográfico, utilizou-se de e dialogou com autores que se dedicam ao estudo de diversas
áreas do saber, mas nosso recorte metodológico aponta prioritariamente para a psicanálise e a
política. No que diz respeito à psicanálise, esta aparece como base e como fio condutor, que
nos possibilita uma leitura específica do sujeito, singular, que perpassa todo o trabalho. O
primeiro capítulo é dedicado ao levantamento bibliográfico da noção de sujeito tal e qual
trabalhada pela psicanálise. Percorremos um caminho que leva desde a descoberta do
inconsciente freudiano até o sujeito lacaniano, fazendo um breve diálogo com a biopolítica.
No segundo capítulo, percorremos alguns aspectos da obra de Michel Foucault, que nos
interessam uma vez que problematizam os aspectos da realidade, que tomam a biopolítica
como discurso, como espaço de materialização da linguagem, e como produtora de sentidos e
subjetividades. No terceiro e último capitulo trabalhamos prioritariamente com as reflexões
de Giorgio Agamben, que corroboram com nossa hipótese. Para ele, o paradigma biopolítico
moderno é o campo de concentração, e temos no bojo de nossa sociedade a presença de
mecanismos, de dispositivos, dos quais os sujeitos são fatores e produtos, que carregam
consigo uma violência normatizadora e naturalizante que despoja o sujeito da sua capacidade
de balizar seu mal-estar na civilização pela via do simbólico e cria alternativas de saberes e
intervenções dessubjetivantes, não determinando, mas abrindo largas vias, suscitando uma
posição de sujeito perigosamente distante daquela desnaturalizada pela linguagem.
Palavras-chave: psicanálise; sujeito; biopolítica; vida nua. Ver menos
e seus efeitos para a função sujeito. Nossa problemática diz respeito aos desdobramentos da
biopolítica no que se refere aos seus efeitos de dessubjetivação. A pesquisa, que é de caráter
bibliográfico,... Ver mais O presente trabalho trata de uma discussão acerca da atual hegemonia do discurso biopolítico
e seus efeitos para a função sujeito. Nossa problemática diz respeito aos desdobramentos da
biopolítica no que se refere aos seus efeitos de dessubjetivação. A pesquisa, que é de caráter
bibliográfico, utilizou-se de e dialogou com autores que se dedicam ao estudo de diversas
áreas do saber, mas nosso recorte metodológico aponta prioritariamente para a psicanálise e a
política. No que diz respeito à psicanálise, esta aparece como base e como fio condutor, que
nos possibilita uma leitura específica do sujeito, singular, que perpassa todo o trabalho. O
primeiro capítulo é dedicado ao levantamento bibliográfico da noção de sujeito tal e qual
trabalhada pela psicanálise. Percorremos um caminho que leva desde a descoberta do
inconsciente freudiano até o sujeito lacaniano, fazendo um breve diálogo com a biopolítica.
No segundo capítulo, percorremos alguns aspectos da obra de Michel Foucault, que nos
interessam uma vez que problematizam os aspectos da realidade, que tomam a biopolítica
como discurso, como espaço de materialização da linguagem, e como produtora de sentidos e
subjetividades. No terceiro e último capitulo trabalhamos prioritariamente com as reflexões
de Giorgio Agamben, que corroboram com nossa hipótese. Para ele, o paradigma biopolítico
moderno é o campo de concentração, e temos no bojo de nossa sociedade a presença de
mecanismos, de dispositivos, dos quais os sujeitos são fatores e produtos, que carregam
consigo uma violência normatizadora e naturalizante que despoja o sujeito da sua capacidade
de balizar seu mal-estar na civilização pela via do simbólico e cria alternativas de saberes e
intervenções dessubjetivantes, não determinando, mas abrindo largas vias, suscitando uma
posição de sujeito perigosamente distante daquela desnaturalizada pela linguagem.
Palavras-chave: psicanálise; sujeito; biopolítica; vida nua. Ver menos
This dissertation is a discussion regarding the current hegemony of biopolítical discourse and
its effects on the subject function. Our problematic concerns the consequences of biopolitics
in relation to their desubjectivation effects. The research, which is bibliographical, made use
of and... Ver mais This dissertation is a discussion regarding the current hegemony of biopolítical discourse and
its effects on the subject function. Our problematic concerns the consequences of biopolitics
in relation to their desubjectivation effects. The research, which is bibliographical, made use
of and dialogued with authors engaged to the study of various areas of knowledge, but our
methodological approach aims primarily to psychoanalysis and politics. With regard to
psychoanalysis, this appears as a base and as a guide, which allows us a specific reading of
the subject, singular, pervading the whole work. The first chapter is devoted to the
bibliographic notion of subject developed by psychoanalysis. We traverse a path that leads
from the discovery of the Freudian unconscious to the Lacanian subject, making a brief
dialogue with biopolitics. In chapter two, we go through some aspects of the work of Michel
Foucault, that interest us since problematize aspects of reality, taking biopolitics as a
discourse, as a space of materialization of language, and as a producer of meanings and
subjectivities. In the third and final chapter we work primarily with the reflections of Giorgio
Agamben, which corroborate our hypothesis. To him, the modern biopolítical paradigm is the
concentration camp, and we have, at the core of our society, the presence of mechanisms,
devices, of which the subjects are factors and products that bear a normalizing and
naturalizing violence that deprives the subject of his ability to delimit their malaise in
civilization by symbolic means and creates knowledge alternatives and desubjectivating
interventions, not determining, but opening wide roads, posing a position of subject
perilously distant from that denatured by language.
Keywords: psychoanalysis; subject; biopolitics; bare life. Ver menos
its effects on the subject function. Our problematic concerns the consequences of biopolitics
in relation to their desubjectivation effects. The research, which is bibliographical, made use
of and... Ver mais This dissertation is a discussion regarding the current hegemony of biopolítical discourse and
its effects on the subject function. Our problematic concerns the consequences of biopolitics
in relation to their desubjectivation effects. The research, which is bibliographical, made use
of and dialogued with authors engaged to the study of various areas of knowledge, but our
methodological approach aims primarily to psychoanalysis and politics. With regard to
psychoanalysis, this appears as a base and as a guide, which allows us a specific reading of
the subject, singular, pervading the whole work. The first chapter is devoted to the
bibliographic notion of subject developed by psychoanalysis. We traverse a path that leads
from the discovery of the Freudian unconscious to the Lacanian subject, making a brief
dialogue with biopolitics. In chapter two, we go through some aspects of the work of Michel
Foucault, that interest us since problematize aspects of reality, taking biopolitics as a
discourse, as a space of materialization of language, and as a producer of meanings and
subjectivities. In the third and final chapter we work primarily with the reflections of Giorgio
Agamben, which corroborate our hypothesis. To him, the modern biopolítical paradigm is the
concentration camp, and we have, at the core of our society, the presence of mechanisms,
devices, of which the subjects are factors and products that bear a normalizing and
naturalizing violence that deprives the subject of his ability to delimit their malaise in
civilization by symbolic means and creates knowledge alternatives and desubjectivating
interventions, not determining, but opening wide roads, posing a position of subject
perilously distant from that denatured by language.
Keywords: psychoanalysis; subject; biopolitics; bare life. Ver menos
Disponibilidade forma física: Existe obra impressa de código : 92193
Carneiro, Alice Pereira
Autor
Danziato, Leonardo José Barreira
Orientador
Danziato, Leonardo José Barreira
Banca examinadora
Benevides, Pablo Severiano
Banca examinadora
Pinheiro, Clara Virgínia de Queiroz
Banca examinadora
Universidade de Fortaleza. Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Dissertação (mestrado)