Esta dissertação apresenta uma pesquisa qualitativa fenomenológica orientada pela pergunta:
O que se mostra sobre inclusão nas práticas com Modelagem na Educação Matemática
vivenciadas por um estudante surdo? Essa questão nos levou a questionar sobre inclusão, o
que se entende nos aspectos legais e nos trabalhos já produzidos. Também buscamos
explicitar a concepção de Modelagem na Educação Matemática (MEM) utilizada, a
perspectiva de Burak (2010, 2019), por se mostrar adequada para a Educação Básica e
coerente com a intencionalidade das práticas. Nessa perspectiva, temos uma abordagem
metodológica que utiliza a matemática para representar, entender e resolver situações de
fenômenos reais ou cotidianos. A MEM busca integrar a matemática com contextos sociais,
econômicos, ambientais e culturais, promovendo uma aprendizagem mais contextualizada,
significativa e interdisciplinar, além de valorizar o protagonismo dos estudantes e incentivar a
reflexão crítica. Além disso, buscamos compreender como o estudante surdo vivencia as
práticas de MEM. Isso nos guiou em direção às experiências vividas e por isso trazemos os
relatos das práticas experienciadas por um estudante surdo do Ensino Médio do Instituto
Federal do Paraná – Campus Irati. Ao analisar as práticas, nos perguntamos que sentidos de
inclusão emergem dessas vivências, com isso, caminhamos para a análise à luz do referencial
teórico, e de outros que se mostraram necessários no momento das reflexões. As práticas
relatadas e analisadas buscaram promover uma aprendizagem significativa e equitativa,
respeitando a singularidade linguística e cultural do educando surdo. Como produto
educacional, temos a criação de um site com materiais em Libras voltados à Modelagem na
Educação Matemática. Os resultados indicam que a MEM, quando aliada a estratégias
inclusivas e recursos de acessibilidade, favorece a participação ativa e o desenvolvimento do
pensamento crítico de estudantes surdos no processo de aprendizagem matemática. Ver menos

This dissertation presents a qualitative phenomenological research guided by the question:
What is revealed about inclusion in practices with Modeling in Mathematics Education
experienced by a deaf student? This inquiry led us to reflect on the concept of inclusion,
considering both its legal aspects and the existing academic works. We also sought to explain
the conception of Mathematical Modeling in Education (MME) adopted in this study, based
on Burak’s (2010, 2019) perspective, which is considered suitable for Basic Education and
consistent with the intentionality of pedagogical practices. From this viewpoint, we approach
mathematics as a means to represent, understand, and solve real or everyday phenomena.
MME integrates mathematics with social, economic, environmental, and cultural contexts,
promoting a more contextualized, meaningful, and interdisciplinary learning process, while
valuing students’ protagonism and encouraging critical reflection. Furthermore, this research
aimed to understand how the deaf student experiences MME practices. Thus, we focused on
lived experiences and presented the reports of practices carried out with a deaf high school
student from the Federal Institute of Paraná – Campus Irati. By analyzing these practices, we
questioned what meanings of inclusion emerge from such experiences, leading us to a
theoretical reflection based on the adopted framework and others that became relevant
throughout the analysis. The reported and analyzed practices aimed to promote meaningful
and equitable learning, respecting the linguistic and cultural uniqueness of the deaf learner. As an educational product, this study resulted in the creation of a website with materials in
Brazilian Sign Language (Libras) focused on Mathematical Modeling. The results indicate
that MME, when combined with inclusive strategies and accessibility resources, fosters active
participation and the development of critical thinking among deaf students in the mathematics learning process. Ver menos