Segurança alimentar e nutricional de idosas em vulnerabilidade social
Carlos da Silva Junior
Dissertações e Teses
Português
613.2 S586s
2024.
51 p.
PÓS-GRADUAÇÃO - MESTRADO PROFISSIONAL - FAMEMA
Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Medicina de Marília, Marília, 2024.
Nos últimos cinco anos houve um crescimento expressivo de brasileiros que tiveram dificuldades financeiras, com reflexo maior entre os idosos, devido suas necessidades singulares, tornando-os mais vulneráveis, fator agravante para garantia da segurança alimentar e nutricional. Este estudo teve como...
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Nos últimos cinco anos houve um crescimento expressivo de brasileiros que tiveram dificuldades financeiras, com reflexo maior entre os idosos, devido suas necessidades singulares, tornando-os mais vulneráveis, fator agravante para garantia da segurança alimentar e nutricional. Este estudo teve como objetivo Identificar o grau de segurança alimentar e nutricional em idosas de uma cidade do oeste paulista que participam de atividades no Centro de Referência de Assistência Social. Para tal, elaborou-se um estudo observacional, retrospectivo, descritivo, de corte transversal, com idosas (> 60 anos), com coleta de dados, por meio de questionários sociodemográficos e instrumentos validados: Protocolos de Avaliação do Estado Nutricional, Protocolo de Consumo Alimentar e Protocolo de Avaliação do Comportamento Alimentar. O estudo descreveu as variáveis quantitativas utilizando média, desvio-padrão, valor mínimo e valor máximo, enquanto as variáveis qualitativas foram descritas pela distribuição de frequência absoluta e relativa. Para comparar a distribuição de proporção entre categorias das variáveis qualitativas, foi utilizado o teste do Qui-quadrado e para verificar associações entre essas variáveis, foi empregado o teste Exato de Fisher. A regressão logística binária foi realizada para avaliar o efeito das variáveis independentes sobre a probabilidade de insegurança alimentar, utilizando o R² de Cox & Snell para medir a variação explicada pelo modelo. Além disso, a razão de chances (Odds) foi usada para analisar o impacto das variáveis independentes na chance de insegurança alimentar. O nível de significância adotado foi de 5%, e as análises foram conduzidas no software SPSS versão 27.0. O estudo contou com 76 participantes do sexo feminino, com faixa etária média de de 68,71 anos e, em relação, ao estado nutricional 48,7% se encontrava em Obesidade e 13,2% em Desnutrição. Identificou-se que que idosas entre 60 a 69 anos e 80 a 90 anos apresentaram uma maior proporção de Insegurança Alimentar (leve/moderada e grave). Quando comparado as duas variáveis socioeconômicas faixa etária e Escolaridade e analisados pelo teste de Odds, EBIA e Faixa etária e escolaridade modelo 1 (p = 0,001) e EBIA e Faixa etária e escolaridade modelo 2 (p=0.006) foram observadas associações estatisticamente significantes. A frequência alimentar das últimas 24 horas dieta referida pelas participantes foi menos variada e qualitativa, 77,63% não realizavam o lanche da manhã, 63,12% não faziam a refeição do lanche da tarde, 84,21% a ceia, 27,63% não consumiram feijão, 59,21% frutas secas, 30,26% verduras e legumes, condições consideradas importantes para um equilíbrio nutricional Conclui – se que 50% das participantes apresentaram Insegurança Alimentar distribuídas em 38,2% em Insegurança Alimentar Leve, 5,3% Insegurança Alimentar Moderada e 6,6% Insegurança Alimentar Grave e que a escolaridade e faixa etária, o baixo consumo de verduras, legumes e frutas secas foram os fatores agravantes de maior associação às condições socioeconômicas das participantes. Por fim os resultados revelaram uma presença significativa de insegurança alimentar, especialmente em idosas entre 60-69 anos e 80-90 anos, sendo mais prevalente entre aquelas com baixa escolaridade. A falta de diversidade alimentar, como o consumo inadequado de legumes, verduras e frutas, também foi identificada como um fator contribuinte. A pesquisa destaca a necessidade de intervenções em educação alimentar e nutricional, e a importância de políticas públicas para atender essa população vulnerável. Com o envelhecimento da população, torna-se essencial garantir o acesso a alimentos de qualidade e promover a autonomia alimentar para um envelhecimento saudável. Uma limitação do estudo foi o foco exclusivo em mulheres, sugerindo-se futuras pesquisas que incluam homens.
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