Para analisar as possibilidades de simplificação da linguagem jurídica, desenvolvemos o presente trabalho, que tem como objetivo demonstrar as dificuldades das pessoas em compreenderem esta linguagem e, por conseqüência, em entenderem o significado de normas e decisões judiciais que possam interferir em suas vidas. O trabalho está dividido em duas partes. Na primeira parte, utilizando como referencial uma campanha de iniciativa da Associação dos Magistrados Brasileiros para a simplificação da linguagem jurídica, tratamos dos ruídos de comunicação existentes entre o Judiciário e a Imprensa, trazemos as reflexões, as opiniões e as sugestões de juízes, advogados e lingüistas estudiosos do assunto. Na segunda parte, discorremos sobre os elementos da comunicação jurídica e normativa, dando enfoque às questões relacionadas à clareza, à concisão, à coerência e à coesão nos textos jurídicos, nos atos normativos e nas comunicações do Poder Público. Em "Considerações Finais", destacamos o papel dos Juizados Especiais na busca por uma forma mais simples de linguagem e de procedimentos, bem como procuramos analisar o papel das escolas judiciais como incentivadoras de estudos voltados para a análise do discurso jurídico. Ver menos