O presente trabalho aborda a questão da dificuldade na compreensão atual dos textos jurídicos por grande parte da população do Brasil como efeito direto da manutenção da prática forense de uma linguagem rebuscada, hermética, de difícil entendimento ao cidadão e repleta de arcaísmos, utilizada pelos profissionais do Direito como forma de se valorizar uma falsa superioridade intelectual ou objetivando simplesmente o resguardo das vaidades pessoais, as quais acabam por afastar o cidadão de seus direitos e garantias fundamentais. Tais condutas tendem a se transformar num verdadeiro obstáculo ao exercício pleno da cidadania e ao fortalecimento do Estado Democrático de Direito, porque depois da morosidade dos processos, o que mais incomoda a população é a linguagem usada pelos operadores jurídicos, aumentando assim os conflitos cotidianos existentes. Portanto, sugere-se uma introspecção do profissional e um revés da comunidade jurídica, exigindo-se desta maior compromisso com a sua função educadora e formadora da opinião pública, visando aprimorar a comunicação do Judiciário com a sociedade civil. Ver menos