REVISTA DA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR [Eletrônico] : Planos CDC preveem equilíbrio entre adequação e sustentabilidade [PDF no final da página]
Analítica de Periódicos
PORTUGUÊS
351.84 A143r 447 Íntegra
04 Vida Associativa
07 Economia Comportamental: incentivo à poupança e experimentação
Entrevista com Carolina Felix
13 Ponto de equilíbrio entre adequação e sustentabilidade
Desenhos diferenciados de plano e combinações BD e CD prometem proteção aos participantes e alívio financeiro a...
04 Vida Associativa
07 Economia Comportamental: incentivo à poupança e experimentação
Entrevista com Carolina Felix
13 Ponto de equilíbrio entre adequação e sustentabilidade
Desenhos diferenciados de plano e combinações BD e CD prometem proteção aos participantes e alívio financeiro a empresas.
21 Nova roupagem para o mercado de investimentos
Resolução CVM nº 175, aplicável a fundos de investimento a partir de outubro, é tida como “complexa, desafiadora e estruturante”.
25 Modernização e foco no trabalhador
Resolução que traz novas regras de resgate, portabilidade, autopatrocínio e BPD representa “ruptura” para dirigentes, conselheiros e patrocinadores.
29 Digitalização como conceito
Mais Futuro investe em “uberização” da previdência ao criar um plano totalmente flexível e escalável para pessoas físicas e jurídicas.
33 Soluções para a fase de desacumulação
Anuidades e fundos mútuos são alternativas para lidar com o aumento da expectativa de vida, redução do valor dos benefícios estatais e predomínio de planos CD.
41 GT para revisão de normas elege prioridades
Equacionamento de déficits e retirada de patrocínio são alvo de subcomissões cujos debates já começaram.
45 Abrapp passa por transformação digital
TI bimodal, consolidada na Associação, tem como preocupação não só a manutenção de processos cotidianos, mas um olhar de inovação.
47 Sandbox regulatório deixa aprendizado
CVM e Susep avaliam, a partir de experiências iniciais, o que pode ser melhorado daqui para frente, incluindo uma maior flexibilidade de escopo, prazos e etapas para os projetos.
53 O Contrato de Ulisses e sua relação com a aposentadoria
Como “se amarrar ao mastro do navio” pode ajudar a evitar gastos no presente e reservar mais recursos para uma velhice financeiramente estável.
59 Perdas preditivas: vitória do empenho associativo
Edição da Resolução Previc nº 21 resulta de esforços da sociedade civil e comprometimento do supervisor com a desoneração, mas ainda resta muito a ser feito.
65 Relacionamento via gestão participativa
Fundação Copel recorre a representantes regionais para se comunicar devidamente com seu público-alvo.
69 Experiência como critério para certificação
Ideia é que profissional certificado possa ser habilitado a partir de uma ponderação que considere prova, experiência e titulação.
75 Consolidado Estatístico
A edição deste bimestre está bem diversa e amplamente relacionada àquele dilema já bem conhecido por quem estuda ou trabalha com previdência: adequação versus sustentabilidade. Isso porque os sistemas estatais de repartição simples tendem a ficar cada vez menos generosos devido a mudanças...
A edição deste bimestre está bem diversa e amplamente relacionada àquele dilema já bem conhecido por quem estuda ou trabalha com previdência: adequação versus sustentabilidade. Isso porque os sistemas estatais de repartição simples tendem a ficar cada vez menos generosos devido a mudanças demográficas e outros fatores econômico-financeiros. Aumenta, portanto, a relevância de alternativas para constituir poupança para a aposentadoria, a exemplo dos planos privados capitalizados, em desenhos distintos. Mas na ausência de compulsoriedade de adesão a esses programas, o que fazer para que as pessoas se planejem financeiramente quando a educação financeira e a cultura previdenciária ainda deixam tanto a desejar?
Daí a importância dos preceitos da Economia do Comportamento, que por meio de “nudges” ou pequenos incentivos pode levar o ser humano a superar hábitos prejudiciais de consumo e tomar atitudes mais adequadas no presente para fins de maior estabilidade financeira no futuro. A Economia Comportamental é tratada em duas ocasiões. Já de início, na entrevista, Carolina Felix, consultora especializada, fala da necessidade de adaptar os planos de forma a estimular a poupança, sempre levando em conta o contexto individual e de cada país. Mais à frente, outra matéria explora o best-seller “A Psicologia do Dinheiro” (Dollars and Sense, em seu título original), de autoria de Dan Ariely e Jeff Kreisler. A obra elenca as armadilhas que nos levam a gastar mais e como evitá-las, traçando um paralelo curioso com o Contrato de Ulisses, o herói da mitologia grega.
Na linha de preservar, dentro do possível, a sustentabilidade dos regimes de caixa e garantir, ao mesmo tempo, diferentes níveis de proteção contra os riscos aos quais os participantes de planos CD “puros” estão expostos, discutimos o que vem ocorrendo nos mercados de anuidades mundo afora, bem como os chamados “arranjos inovadores” de proteção para a fase de desacumulação. Nesse último caso, abordamos os fundos mútuos denominados LIP (Lifetime Income Plan), que prometem mais vantagens em comparação aos contratos de rendas vitalícias e similares comercializados por seguradoras. Em nossa matéria de capa, a evolução dos planos CDC (Contribuição Definida Coletivos), que oferecem mais estabilidade e segurança tanto a empregados quanto a patrocinadores na fase de percepção do benefício.
Retornamos também a um tema apresentado na edição anterior que vem ganhando espaço por aqui: o sandbox regulatório. Tendo versado sobre a experiência exitosa do Banco Central nesse campo, passamos, agora, aos cases de CVM e Susep, que têm deixado aprendizados importantes. Ainda acerca de estudos de casos na área da inovação, outros dois, retratados nas páginas a seguir, constituem leituras válidas: os “delegados” regionais da Fundação Copel e a “uberização” da previdência proposta pela entidade Mais Futuro.
A respeito da CVM, também fazemos um apanhado das mudanças trazidas pelo nova Resolução nº 175, que promete revolucionar o mercado de fundos brasileiro. Tamanha significância e poder de interferência que sua implantação ocorrerá em fases. Mas a primeira data prevista de aplicação do normativo, em outubro, já se aproxima. Por isso, é necessária atenção aos detalhes do novo arcabouço. No âmbito da Previdência Complementar Fechada mais especificamente, foco nos normativos que tratam das perdas preditivas e dos institutos que, em comum, têm o poder de desonerar as entidades e estimular o fomento. Pleitos estes que inclusive estão sendo alvos de Grupos de Trabalho no âmbito do governo federal, com participação ativa de todos os stakeholders e firme comprometimento da Previc, conforme atesta seu titular, Ricardo Pena.
Boa leitura!
Flávia Silva
Editora Chefe