As Entidades de Previdência Complementar dependem da renovação do quadro de seus patrocinadores e instituidores e consequente massa de participantes para que possam garantir a sua sobrevivência.

Nos últimos anos, temos observado um processo de redução de pessoal nas empresas, motivado pela...

As Entidades de Previdência Complementar dependem da renovação do quadro de seus patrocinadores e instituidores e consequente massa de participantes para que possam garantir a sua sobrevivência.

Nos últimos anos, temos observado um processo de redução de pessoal nas empresas, motivado pela conjuntura econômico-financeira mundial, reorganização na forma de trabalho e introdução de novas tecnologias. E espera-se que este quadro não só permaneça como também seja agravado afetando diretamente as projeções de ingresso de novos participantes e das respectivas receitas administrativas no âmbito das EFPC.

A manutenção das Entidades depende das receitas administrativas que têm correlação direta com o número de participantes. Por outro lado, não se vislumbra diminuição das necessidades de gastos administrativos considerando a estrutura necessária para seu funcionamento e as obrigações legais e administrativas.

Dessa forma, se o número de participantes reduzir, consequentemente, as receitas necessárias ao custeio administrativo também sofrerão esse impacto. E tendo em vista o compromisso da Entidade de se manter até o término de suas obrigações previdenciárias faz-se necessário um estudo de viabilidade de sua sustentação a longo prazo.

Não obstante as tratativas do mercado em fomentar o sistema fechado de previdência complementar faz-se necessário que as Entidades caminhem por outras oportunidades que não só os planos patrocinados por empresas.

A atual legislação permite que as Entidades administrem planos instituídos. Com isto, é possível contribuir com a sociedade no processo de incentivo a poupança de longo prazo, e consequentemente aumentar a arrecadação dos recursos administrativos necessários a manutenção das mesmas.