ATÉ QUANDO? O TEMPO POR TRÁS DAS GRADES : Uma análise das estratégias dos adolescentes frente à indeterminação temporal da medida socioeducativa de internação
Dissertação
Português
Belo Horizonte, 2019.
137 p.
Dissertação para conclusão do curso de mestrado do Programa de Pós Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Minas Gerais
Orientadora: Professora Doutora Andréa Maria Silveira
Coorientadora: Professora Doutora Ana Marcela Ardila Pinto
Nos casos de aplicação da medida socioeducativa de internação o Estatuto da Criança e do Adolescente aponta somente o tempo máximo de duração - a saber: três anos -, e não apresenta indicações temporais para os diferentes atos infracionais. Esta dissertação visa compreender como a incerteza temporal...
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Nos casos de aplicação da medida socioeducativa de internação o Estatuto da Criança e do Adolescente aponta somente o tempo máximo de duração - a saber: três anos -, e não apresenta indicações temporais para os diferentes atos infracionais. Esta dissertação visa compreender como a incerteza temporal quanto à extensão da privação de liberdade é vivenciada e representada pelos adolescentes, de maneira a investigar de que modo tais percepções interferem na definição situacional edificada durante o período de acautelamento.
Para responder ao problema deste estudo, primeiramente, fez-se um panorama geral de Minas Gerais, a partir de uma análise quantitativa dos tempos de internação deste estado. Verificou-se uma correlação estatística entre tempos maiores de acautelamento e o crime de homicídio, assim como para adolescentes mais novos. Na sequência, as entrevistas semiestruturadas realizadas aos adolescentes em regime de internação em Belo Horizonte foram interpretadas, revelando como a indeterminação temporal estimula os adolescentes a se esforçarem para a aceleração do seu desligamento, mediante a construção de estratégias voltadas para o término
da internação. Os adolescentes sinalizaram o cumprimento da medida a partir de um processo
de racionalização, em uma tentativa de controlar o tempo intramuros. Ver menos
Para responder ao problema deste estudo, primeiramente, fez-se um panorama geral de Minas Gerais, a partir de uma análise quantitativa dos tempos de internação deste estado. Verificou-se uma correlação estatística entre tempos maiores de acautelamento e o crime de homicídio, assim como para adolescentes mais novos. Na sequência, as entrevistas semiestruturadas realizadas aos adolescentes em regime de internação em Belo Horizonte foram interpretadas, revelando como a indeterminação temporal estimula os adolescentes a se esforçarem para a aceleração do seu desligamento, mediante a construção de estratégias voltadas para o término
da internação. Os adolescentes sinalizaram o cumprimento da medida a partir de um processo
de racionalização, em uma tentativa de controlar o tempo intramuros. Ver menos
ATÉ QUANDO? O TEMPO POR TRÁS DAS GRADES : Uma análise das estratégias dos adolescentes frente à indeterminação temporal da medida socioeducativa de internação
ATÉ QUANDO? O TEMPO POR TRÁS DAS GRADES : Uma análise das estratégias dos adolescentes frente à indeterminação temporal da medida socioeducativa de internação
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