Trabalho infantil, trabalho escravo e racismo andam juntos. No livro "Criancas Invisíveis" analisamos a relação entre trabalho infantil nas ruas e racismo, a mesma que se perpetua no trabalho infantil doméstico e nas principais e mais perversas formas de exploração de crianças no trabalho. A história de Madalena que chocou a todos, vítima de escravidão desde os 8 anos de idade, é uma realidade de milhares de meninas negras no Brasil.

Os últimos dados mais "confiáveis" sobre trabalho infantil doméstico (PNAD 2015) apontavam 257 mil crianças e adolescentes, sendo mais de 90% meninas e mais de 70% negras. Um ciclo que leva a sucessivas e múltiplas violações e violências, inclusive abuso sexual. Mais de 90% de pessoas resgatadas de trabalho escravo foram trabalhadoras infantis (OIT, 2011). O caso de Madalena é um dentre tantos ocultos e ainda subnotificados. Podem estar acontecendo ao nosso lado. É muito importante que as denúncias cheguem. O trabalho infantil nas ruas que também leva a inúmeras consequências perversas na vida de crianças e adolescentes também ocorre ao nosso lado e afeta milhares de meninos negros. Não podemos ficar indiferentes. Denúncias: www.mpt.mp.br. Ver menos