"A saudade é o sentimento amargosamente gostoso de um amor ausente", assim José Antonio Tobias define a saudade.
Tão fácil de sentir, tão gostoso de guardar, tão agradável de lembrar, quem no mundo luso-brasileiro não sente, cão curte saudade?
Temos pois, aqui, um texto que, tratando da saudade sob o ponto de vista filosófico, mantém, no entanto, uma leitura fluente e fácil, gostosa mesmo e apaixonante.
Estuda o aparcimento do sentimento, e do termo, busca-o em outras línguas, e se apercebe de que saudade todo mundo pode tê-la, o que eles não têm é uma palavra só e específica para abranger tudo o que a palavra saudade abrange. E, por isso, saudade é palavra intraduzível.
O que é, poi, saudade?
Todo mundo a sente, mas nem todos atinam com que é que ela implica e donde é que ela emana.
Tobias situa bem: só se tem saudade daquilo, daquelas coisas, daquele lugar, daquelas situações, daquela pessoa que um dia se amou. Se aquilo que se recorda está cercado de amor: isso é saudade.
Quando, porém, se recorda coisa que machucou, algo que marcou de forma negariva ou dolorosa o passado de cada um, isso é só memória, é só lembrança. A saudade aí não está presente.
Isto são apenas alguma idéias. Saudade: idéia ou sentimento tem muito a ensinar. E o que vem para instruir-nos é sempre oportuno.