Autonomia de professores na sala de aula invertida : uma análise sobre a profissionalidade e a racionalização da prática docente / Marcelo Valério.
Valério, Marcelo
Moreira, Ana Lúcia Olivo Rosas (Orient.) Higa, Ivanilda (Membro da banca) Araújo, Ives Solano (Membro da banca) Kiouranis, Neide Maria Michellan (Membro da banca) Magalhães Júnior, Carlos Alberto de Oliveira, 1980- (Membro da banca) Universidade Estadual de Maringá Centro de Ciências Exatas Programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência e a Matemática
1. Pedagogia universitária . 2. Educação - Ensino superior - Brasil . 3. Praticas docentes - Brasil . 4. Ensino - Metodologia 1. Pedagogia universitária . 2. Educação - Ensino superior - Brasil . 3. Praticas docentes - Brasil . 4. Ensino - Metodologia 1. Pedagogia universitária . 2. Educação - Ensino superior - Brasil . 3. Praticas docentes - Brasil . 4. Ensino - Metodologia 1. Pedagogia universitária . 2. Educação - Ensino superior - Brasil . 3. Praticas docentes - Brasil . 4. Ensino - Metodologia
Orientador: Prof.ª Dr.ª Ana Lúcia Olivo Rosas Moreira#BR# Tese (doutorado em Educação para a Ciência e a Matemática) - Universidade Estadual de Maringá, 2018#BR# RESUMO: Sala de aula invertida (SAI) é uma proposição didática em ascensão no ensino superior, sobretudo nas áreas de ciência e tecnologia. Inserida em um contexto de transformações de diretrizes e práticas pedagógicas, sugere o enfrentamento à tradição expositiva por meio das chamadas metodologias ativas, com propostas de ensino centradas nos estudantes. Na SAI, o tempo fora de sala é dedicado ao estudo prévio dos conteúdos pelos estudantes, a partir de materiais selecionados e/ou preparados pelos professores; enquanto o tempo em sala se destina basicamente a atividades de aplicação do conhecimento. Pesquisas e relatos de experiência vêm sustentando que a SAI melhora as relações entre os sujeitos, favorece a aprendizagem e a sua avaliação, incrementa a frequência, a participação e o desempenho dos alunos. Por consequência, o apelo midiático e o interesse pedagógico pela abordagem têm sido crescentes, com conotações de revolução educativa. Mas, como qualquer fenômeno educativo, também a SAI precisa ter seus meios e fins pensado por quem a pratica. Na medida em que alcança e desafia a docência universitária, a mobilização e a produção de saberes pelos professores, as suas reflexões e a consciência em ação tornam-se imprescindíveis objetos de estudo. Investigações que estudam, em profundidade, casos particulares e/ou#BR# dedicadas a analisar a adoção da SAI pela perspectiva docente, contudo, permanecem raras. Essa pesquisa propôs analisar as reflexões de cinco professores universitários que, após um curso de formação sobre o tema, adotaram a SAI como modelo didático em suas disciplinas de graduação, em uma universidade pública federal brasileira, em cursos na área de ciência e tecnologia. Trata-se de um estudo qualitativo, desenvolvido como pesquisa-ação e filiado ao paradigma interpretativo. Orientado pelo referencial teórico de Contreras (2002) e guiado pelo método da análise textual discursiva, buscou compreender que possibilidades de racionalização do ensino e da docência se revelam quando professores motivados e comprometidos em transformar sua prática pedagógica refletem sobre uma experiência com a SAI. Compuseram o corpus de pesquisa, os cadernos de campo dos professores, onde constam registros descritivos e analíticos pessoais colhidos durante o processo, e entrevistas semiestruturadas individuais realizadas ao final do semestre. Da motivação e do engajamento dos professores emergiu uma vivência da SAI como oportunidade formativa, viabilizando reflexões que os aproximam da profissionalidade, da reflexão crítica e da autonomia como qualidade educativa. Sistematizadas e interpretadas em cinco grandes pautas, essas reflexões revelaram uma razão interativa, orientada pelas condições de aprendizagem dos estudantes, mas que também se percebeu desafiada por insuficiências da formação docente e por condicionantes institucionais#BR# ABSTRACT: Flipped Classroom (FC) is a didactic approach on the rise in higher education, especially in the areas of science and technology (STEM areas). Inserted in the guidelines and pedagogical practices transformation context, it suggests the confrontation against the expositive tradition through an active learning and student-centered methodologies. In the FC, students dedicate their out-of-class time to the previous study of the contents and materials selected and / or prepared by their professors; whereas the in-time-class is mainly intended for activities of knowledge application. Research and experience reports have supported that FC improves the relations among the people, favors the learning process and its evaluation, and also increases the students' frequency, participation and performance. As a result, the mediatic appeal and pedagogical interest in this approach have been increasing, showing connotations of educational revolution. However, likewise any educational phenomenon, the FC must also have its purposes and means analysed by those who practice it. Insofar as it reaches and challenges the university pedagogy, the mobilization and production of knowledge by professors, their reflection-on-action and awareness become crucial objects of study. The investigation of particular cases and / or dedicated to analyse the adoption of FC by the professors' perspective, however, remains rare. This research proposed to record and analyze the reflections of five university professors who, after a training course, adopted the FC as a didactic model in their undergraduate subjects, in a brazilian federal public university. It is a qualitative study, developed as a research-action methodology and affiliated with the interpretative paradigm. Oriented by the theoretical framework of Contreras (2002), and guided by the method of discursive textual analysis, it sought to identify aspects of professionalism in teaching and rationalization of teaching practices stated in reflections-onaction of these committed faculty members. The purpose was to understand the rationalization of teaching practice when professors reflect on their experiences with FC. The research corpus compiled the professors' log diaries, containing personal descriptive and analytical records collected during the process; and individual semi-structured interviews were conducted at the end of the semester. From the professors' motivation and engagement emerged an experience of the FC as a formative opportunity, enabling reflections that deviate from professionalism, while stimulates critical reflection and autonomy as an educational quality. Systematized and interpreted in five broad categories, these reflections revealed na interactive reason based on the students' learning conditions, but it is also perceived as being challenged by insufficient teacher training and by institutional constraints#BR#